Síndrome das Pernas Inquietas: Aspectos Clínicos e Diagnósticos


Síndrome das Pernas Inquietas: Aspectos Clínicos e Diagnósticos


Introdução

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é um transtorno neurológico caracterizado por uma urgência irresistível de mover as pernas, frequentemente acompanhada por sensações desconfortáveis.


Manifestações Clínicas da Síndrome das Pernas Inquietas

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é definida pela necessidade incontrolável de mover as pernas, geralmente associada a sensações desagradáveis localizadas nas pernas ou “dentro” delas. Em casos mais raros, essas sensações podem se estender aos braços ou afetar o corpo de forma generalizada. É comum a ocorrência de parestesias, como formigamento, sensação de peso ou picadas, predominantemente na região entre o tornozelo e o joelho. (1)

Um aspecto distintivo da SPI é o agravamento dos sintomas com o repouso ou inatividade, e a melhora com o movimento. As sensações tendem a se intensificar no final da tarde ou à noite, o que prejudica significativamente a qualidade do sono. (1)


Critérios Diagnósticos

Para o diagnóstico da SPI, os sintomas devem ocorrer com uma frequência mínima de três vezes por semana e persistir por um período de, no mínimo, três meses. (1)


Fatores de Risco e Genética

Os fatores de risco para a SPI incluem sexo feminino, envelhecimento e histórico familiar. Foram descritas associações genômicas, sendo que o gene BTBD9 confere um risco elevado para o desenvolvimento da síndrome, estimado em 80%. (1)


Mioclonias Noturnas e Síndrome das Pernas Inquietas

As mioclonias noturnas, caracterizadas por movimentos repetitivos e estereotipados das pernas, são um achado comum em pacientes com SPI, ocorrendo em 80% a 90% dos casos. Esses movimentos predominam durante o estágio 2 do sono não-REM (NREM). (1)


Referências Bibliográficas

  1. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.