Equilíbrio Emocional – Homeostase e Regulação


Equilíbrio Emocional – Homeostase e Regulação


Introdução

O equilíbrio emocional define-se como a competência de processar e regular as respostas afetivas de maneira homeostática, evitando extremos de labilidade ou embotamento. Esta condição de ajustamento psíquico permite que o indivíduo integre as emoções como fenômenos inerentes ao cotidiano, utilizando-as de forma adaptativa por meio da equanimidade e da ponderação cognitiva.


Espectros do Desequilíbrio: Deficiência e Hiperatividade

A manutenção da estabilidade emocional depende da modulação entre dois polos disfuncionais que comprometem a interação do indivíduo com o meio: (1)

  • Deficiência Emocional: Caracteriza-se por um estado de hiporreatividade ou indiferença afetiva. Nesse quadro, há um distanciamento significativo em relação aos estímulos ambientais e às interações sociais, resultando em uma percepção de apatia ou falta de engajamento com o contexto externo. (1)
  • Hiperatividade Emocional: Configura-se pela exacerbação dos sentimentos, em que a intensidade das respostas emocionais sobrepuja os processos cognitivos e executivos. Sob este estado de desregulação, o indivíduo torna-se vulnerável a impulsos de apego ou aversão, perdendo a capacidade de análise objetiva e submetendo o comportamento à urgência do afeto. (1)

Mecanismos de Ajustamento e Serenidade

O equilíbrio emocional não pressupõe a ausência de emoções, mas sim a capacidade de autorregulação. Ao tratar as emoções como processos informativos e transitórios, o indivíduo consegue manter o funcionamento executivo preservado mesmo diante de estímulos estressores. Este ajustamento conduz ao estado de serenidade, permitindo que a resposta emocional seja proporcional à magnitude do evento desencadeante, sem prejuízo às funções superiores da mente. (1)


Referências Bibliográficas:

1- COSENZA, Ramon M. Neurociência e mindfulness: meditação, equilíbrio emocional e redução do estresse. Porto Alegre: Artmed, 2021.