Arginina: Recomendações Nutricionais e Impacto Fisiológico


Arginina: Recomendações Nutricionais e Impacto Fisiológico


Introdução

A arginina é um aminoácido com diversas funções fisiológicas importantes, particularmente relevante em estados de estresse metabólico e na modulação do sistema imune.


Recomendações Nutricionais e Considerações Clínicas

A suplementação de arginina é frequentemente considerada em estados hipermetabólicos (1).

Observação Importante sobre Sepse: Em pacientes com sepse, a recomendação de suplementação de arginina é altamente controversa. Isso se deve à capacidade da arginina de aumentar a produção de óxido nítrico (NO), o que pode amplificar a síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) e, consequentemente, elevar a mortalidade nesses pacientes (1).


Orientações Nutricionais: Imunidade

A arginina desempenha um papel crucial no sistema imune através de duas vias consideradas críticas para suas ações imunomoduladoras, observadas em estudos in vitro:

  • Via da Arginase: Nesta via, a arginina é convertida em ureia e ornitina, que por sua vez gera poliaminas pela ação da enzima ornitina descarboxilase. Esta via é um possível mecanismo pelo qual os linfócitos aumentam sua mitogênese (1).
  • Síntese de Óxido Nítrico (NO): A arginina é o único substrato para a síntese de óxido nítrico (NO) em sistemas biológicos. O NO é uma molécula ubíqua, com funções relevantes na manutenção do tônus vascular, no sistema de coagulação, no sistema imune e no trato digestório (1). Verifica-se que o NO tem papel importante na inflamação e na imunomodulação (1).

A suplementação de arginina foi capaz de melhorar a cicatrização e a resposta imune celular, resultando na redução da disfunção de linfócitos T induzida por trauma, diminuição do crescimento bacteriano e aumento da fagocitose e da citotoxicidade de células Natural Killer (NK) e células killer ativadas por linfocinas (1).


Segurança

As considerações de segurança para a suplementação de arginina devem levar em conta as condições clínicas do paciente, especialmente em casos de sepse, conforme detalhado acima.


Referências Bibliográficas

  1. COZZOLINO, S. Biodisponibilidade de Nutrientes. 6. ed. São Paulo: Manole, 2020. 934 p.

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