Hipertireoidismo: Fisiopatologia, Manifestações Clínicas e Abordagem Terapêutica


Hipertireoidismo: Fisiopatologia, Manifestações Clínicas e Abordagem Terapêutica


Introdução

O hipertireoidismo é uma síndrome resultante do excesso de hormônios tireoidianos, triiodotironina (T3) e/ou tiroxina (T4), seja por superprodução endógena ou pelo uso exógeno desses hormônios (1).


Fisiopatologia do Hipertireoidismo

As principais causas do hipertireoidismo incluem:

  • Autoimunidade: como na Doença de Graves (1).
  • Tumor hipofisário secretor de TSH (1).
  • Nódulos tireoidianos hipersecretores de T4 e T3 (1).
  • Uso de medicamentos contendo hormônio tireoidiano e/ou seus derivados (1).
  • Uso de medicamentos ricos em iodo, como a amiodarona (1).
  • Infecção bacteriana (1).

O metabolismo corporal elevado no hipertireoidismo aumenta as necessidades de cofatores enzimáticos em até 50% (1).

Sintomas Clínicos

Os sintomas comuns do hipertireoidismo refletem o estado de hipermetabolismo e hiperatividade adrenérgica:

  • Perda de peso (1)
  • Tremor (1)
  • Nervosismo (1)
  • Diarreia (1)
  • Taquicardia (1)
  • Insônia (1)

Conduta Clínica e Tratamento

O tratamento do hipertireoidismo visa controlar a produção excessiva de hormônios tireoidianos e aliviar os sintomas.

Farmacologia

A Doença de Graves é tratada com drogas antitireoidianas, sendo o propiltiouracil e o metimazol as mais utilizadas (1). Para controlar os sintomas adrenérgicos do hipertireoidismo, especialmente a taquicardia, o uso de betabloqueadores pode ser necessário. O não tratamento da taquicardia pode evoluir para fibrilação atrial e parada cardíaca (1).

Iodo Radioativo

O iodo radioativo é uma opção terapêutica eficaz para a Doença de Graves (1). Sua principal desvantagem, no entanto, é o desenvolvimento de hipotireoidismo permanente na maioria dos pacientes, o que exige reposição contínua de L-tiroxina (1).

Terapia Nutricional

Considerando o elevado metabolismo corporal, a suplementação com polivitamínicos é essencial na maioria dos casos, devido ao aumento das necessidades de cofatores enzimáticos (1).


Referências Bibliográficas

  1. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. 3. ed. São Paulo: Editora Pitaya, 2016. 1308 p.

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