Cloro na Nutrição Clínica: Funções, Recomendações e Implicações
Introdução
O cloro, um eletrólito essencial, desempenha papéis cruciais na manutenção da homeostase corporal, incluindo o equilíbrio hidroeletrolítico e a digestão. Compreender suas recomendações de ingestão e funções é fundamental para a prática clínica nutricional.
Recomendações Nutricionais
As recomendações nutricionais para o cloro são estabelecidas com base nas seguintes diretrizes para adultos (>18 anos):
- Ingestão Adequada (AI): 2,3 g/dia de cloro (1).
- Limite Superior Tolerável (UL): 3,6 g/dia de cloro (1).
É importante notar que a AI para o cloro foi definida em um nível equivalente aos valores de sódio (1). Isso ocorre porque, na dieta, quase todo o cloro é consumido em conjunto com o sódio, predominantemente na forma de cloreto de sódio (sal de cozinha), que é a principal fonte dietética de cloro (1). Geralmente, o cátion sódio e o ânion cloro são encontrados juntos nos alimentos como cloreto de sódio (1).
Funções do Cloro no Organismo
O cloro é o principal ânion que se combina com o sódio no líquido extracelular e com o potássio no meio intracelular (1). Sua capacidade de transitar livremente entre os líquidos intra e extracelulares, através das membranas celulares, é vital para diversas funções (1):
Equilíbrio Ácido-Base e Osmótico
O cloro atua em conjunto com o sódio no líquido extracelular e com o potássio no meio intracelular para manter a pressão osmótica e o equilíbrio ácido-base do organismo (1). Essa função é essencial para a regulação do volume de fluidos e do pH corporal.
Digestão
O cloro desempenha um papel fundamental no processo digestivo, sendo indispensável para a formação do ácido clorídrico (HCl), secretado no suco gástrico (1). A presença de HCl é necessária para manter a acidez do estômago e para a ativação de enzimas importantes durante a digestão dos alimentos (1).
Deficiência de Cloro
Em circunstâncias normais, a deficiência de cloro é rara e geralmente não ocorre (1). Isso se deve, em grande parte, à sua ampla presença na dieta, principalmente através do sal de cozinha.
Referências Bibliográficas
- COZZOLINO, S. Biodisponibilidade de Nutrientes. 6. ed. São Paulo: Manole, 2020. 934 p.