Regulação Hormonal da Lipólise no Tecido Adiposo
Introdução
A lipólise, processo de quebra de triglicerídeos em ácidos graxos livres e glicerol, é finamente regulada por um complexo sistema hormonal. As catecolaminas e a insulina desempenham papéis antagônicos e cruciais na modulação dessa via metabólica no tecido adiposo.
Estímulo da Lipólise pelas Catecolaminas
As catecolaminas, especificamente a epinefrina e a norepinefrina, são os principais mediadores da sinalização adrenérgica no tecido adiposo (1). A ativação de receptores beta-adrenérgicos na superfície do adipócito é necessária para a estimulação da lipólise (1).
Após a estimulação desses receptores, uma cascata de sinalização intracelular é iniciada, resultando no aumento da concentração de monofosfato cíclico de adenosina (cAMP) (1). O cAMP é sintetizado a partir da quebra do ATP pela enzima adenilciclase (1). Concentrações elevadas de cAMP são fundamentais para a ativação de proteínas quinases, como a proteínoquinase A (PKA) (1). A PKA, por sua vez, ativa as lipases, enzimas responsáveis pela hidrólise dos triglicerídeos (TG) armazenados no tecido adiposo em ácidos graxos livres (1).
Inibição da Lipólise pela Insulina
A insulina é o hormônio com o maior potencial de inibição da lipólise em humanos (1). Sua cascata de sinalização envolve a fosforilação de uma série de proteínas, culminando na degradação do cAMP, um mediador essencial para a ativação da lipólise (1).
Cronicamente, a concentração circulante de insulina influencia a proporção de receptores alfa e beta-adrenérgicos nos adipócitos (1). A presença prolongada de insulina em abundância no sangue favorece a inibição da lipólise, alterando essa proporção (1). Além de seus efeitos inibitórios na via lipolítica, a insulina também modula positivamente as vias de armazenamento de lipídios (1). Os sinais inibitórios da lipólise são transmitidos pelos receptores alfa-adrenérgicos (1).
Referências Bibliográficas
- LANCHA JR., A. H.; ROGERI, P. S.; PEREIRA-LANCHA, L. O. Suplementação Nutricional no Esporte. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 266 p.