Asma: Uma Abordagem Multidisciplinar com Foco na Terapia Nutricional


Asma: Uma Abordagem Multidisciplinar com Foco na Terapia Nutricional


Introdução

A asma é uma patologia inflamatória crônica das vias aéreas que, mais recentemente, tem sido associada a um desequilíbrio na microbiota. Estudos têm demonstrado que dietas com baixo teor de fibras podem influenciar negativamente o sistema imunológico, contribuindo para o desenvolvimento de distúrbios imunológicos, como alergias e a própria asma (1).

Benefícios do Consumo de Fibras na Asma

O consumo adequado de fibras dietéticas tem sido consistentemente correlacionado com desfechos respiratórios favoráveis na asma. Observa-se uma associação inversa entre a ingestão de fibras e o risco de mortalidade por doenças respiratórias, bem como uma melhora na função pulmonar e uma redução na incidência de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) (1).

Especificamente em relação à asma, foi identificada uma correlação inversa entre a ingestão de fibras e a persistência da doença. Adicionalmente, o consumo de fibras solúveis demonstrou uma relação inversa com a inflamação das vias aéreas em pacientes asmáticos (1).

Mecanismos de Ação e Evidências Clínicas na Asma

A maior ingestão de fibras tem sido associada à diminuição dos sintomas da asma. Inclusive, uma única dose de fibras solúveis demonstrou ser capaz de promover uma redução na inflamação das vias aéreas (1).

Em populações pediátricas, a baixa produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) pela microbiota intestinal, resultante da degradação inadequada de fibras, tem sido implicada em alterações da microbiota intestinal e pulmonar, o que pode influenciar o desenvolvimento e a progressão da asma (1).

Um maior consumo de fibras, particularmente as insolúveis, tem sido correlacionado com a redução dos sintomas e uma melhora no controle da asma (1).

Referências Bibliográficas

  1. ANDRIANASOLO, R. M. et al. Association between dietary fibre intake and asthma (symptoms and control): Results from the French national e-cohort NutriNet-Santé. British Journal of Nutrition,1 v. 122, n. 9, p. 1040–1051, 2019.
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