Carapa guianensis: Propriedades Terapêuticas do Óleo de Andiroba
Introdução
A Carapa guianensis, popularmente conhecida como andiroba, é uma árvore nativa da Amazônia, cujo óleo extraído das sementes é amplamente utilizado na medicina tradicional devido às suas diversas propriedades terapêuticas. Este documento explora as indicações clínicas, os compostos bioativos e os mecanismos de ação associados ao uso do óleo de andiroba, bem como suas considerações de segurança.
Aspectos Botânicos e Fitoquímicos
Nomenclatura e Parte Utilizada
O nome científico da planta é Carapa guianensis, e é popularmente referida como Andiroba. A parte utilizada para a obtenção dos compostos bioativos é o óleo extraído das sementes (1).
Compostos Bioativos
O óleo de andiroba é rico em diversos compostos bioativos, incluindo:
- Ácidos graxos (1).
- Limonoides (1).
- Fitoesteróis (1).
Ações Farmacológicas e Indicações Clínicas
As principais indicações para o uso do óleo de andiroba são:
- Profilaxia contra picada de insetos (1).
- Dores reumáticas (1).
- Ferimentos na pele (1).
Dores Reumáticas
O extrato lipídico das sementes de andiroba é utilizado externamente por suas propriedades anti-inflamatórias no tratamento de dores reumáticas e musculares (1). Um estudo demonstrou que a aplicação tópica do óleo inibiu a exsudação pleural na pata e orelha de animais sensibilizados, além de diminuir a hiperalgesia (1). Esse efeito foi relacionado à inibição do NF-κB, o que, por sua vez, inibe a produção de IL-5 e outras quimiocinas, promovendo as atividades anti-inflamatórias e antialérgicas observadas (1). Outro estudo encontrou que uma fração rica em tetranortriterpenoides apresentou um importante efeito anti-inflamatório na artrite induzida por zimosan (1).
Posologia
A posologia recomendada para o óleo de andiroba é a aplicação direta na região afetada, podendo ser utilizado puro ou associado a outras substâncias, em compressas e fricções (1).
Segurança
O uso oral do óleo de andiroba ainda necessita de mais estudos para garantir sua segurança (1). Pesquisas pré-clínicas com administração oral do óleo demonstraram a ocorrência de lesões renais (1), o que reforça a importância de cautela e a necessidade de mais investigações antes de se considerar seu uso interno.
Referências Bibliográficas
- SAAD, G. de A. et al. Fitoterapia Contemporânea – Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.