Anemopaegma arvense: Propriedades Afrodisíacas e Aplicações Terapêuticas
Introdução
A Anemopaegma arvense, popularmente conhecida como catuaba, é uma planta medicinal com uso tradicionalmente associado à melhoria da função sexual masculina. Suas propriedades são atribuídas a uma complexa mistura de compostos bioativos presentes em sua raiz e casca.
Nomenclatura e Componentes
- Nome Científico: Anemopaegma arvense; Anemopaegma mirandum (1)
- Nome Popular: Catuaba, Alecrim do campo, Catuaba-verdadeira (1)
- Parte Utilizada: Raiz e casca do caule (1)
Compostos Bioativos
A Anemopaegma arvense contém diversos compostos bioativos, incluindo:
- Triterpenoides: Ácidos oleanólico e betulínico (1)
- Flavonoides: Rutina, apigenina, crisina, wogonina, baicaleína, baicalina (1)
- Alcaloides (1)
- Polifenóis: Catuabina A, cinchonanina Ia, cinchonanina IIa (1)
- Taninos (1)
- Resinas (1)
Principais Indicações Terapêuticas
A principal indicação para o uso da catuaba é a impotência sexual em homens (1).
Impotência Sexual
Um estudo avaliou os efeitos da infusão da raiz de catuaba em concentrações de 12,5 g/100 mL e 25 g/100 mL (1). Essas infusões foram administradas por via oral durante 56 dias em ratos (1). Os resultados mostraram que as doses influenciaram significativamente os aspectos biométricos corporais e quantitativos do parênquima testicular, quando comparado ao grupo controle (1).
Houve um aumento significativo do peso corporal dos animais tratados com a maior dose do infuso, bem como crescimento dos testículos e do parênquima testicular (1). Com base nesses e em outros resultados, pode-se inferir que a espécie atua no sistema reprodutor masculino (1). Especula-se que esta espécie possua uma substância semelhante à ioimbina, que promove a dilatação da artéria peniana e o aumento do tempo de ereção (1).
Posologia
A posologia recomendada para a catuaba varia conforme a apresentação:
- Tintura 20%: 10-20 mL, divididos em duas ou três doses diárias (1)
- Rasurados: 2-10 g/dia (1)
Contraindicações e Toxicidade
- Devido à falta de estudos de segurança, seu uso é contraindicado para crianças, gestantes e lactantes (1).
- Pode causar cefaleia em pessoas sensíveis (1).
Referências Bibliográficas
- SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. Fitoterapia Contemporânea: Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.