Symphytum officinale (confrei): Aplicações Terapêuticas na Cicatrização e Dor Musculoesquelética


Symphytum officinale (confrei): Aplicações Terapêuticas na Cicatrização e Dor Musculoesquelética


Introdução

O Symphytum officinale, conhecido popularmente como confrei, é uma planta medicinal com uso tradicional e crescente evidência científica para o tratamento tópico de diversas condições musculoesqueléticas e na cicatrização de feridas. Suas propriedades são atribuídas a uma rica composição de compostos bioativos.


Nomenclatura e Componentes

  • Nome Científico: Symphytum officinale (1)
  • Nome Popular: Confrei, consólida maior, consolida (1)
  • Parte Utilizada: Folha e raiz (1)

Compostos Bioativos

O confrei contém diversos compostos bioativos, incluindo:

  • Alantoína (1)
  • Mucilagem (1)
  • Taninos: Do tipo pirocatecol (1)
  • Ácidos fenólicos: Como os rosmarínicos (1)
  • Carotenoides (1)
  • Ácido clorogênico (1)
  • Saponinas esteroidais (1)
  • Fitoesteróis: Sitosterol, estigmasterol (1)

Principais Indicações Terapêuticas

As principais indicações para o uso do Symphytum officinale são:

  • Cicatrização de feridas (1)
  • Contusões (1)
  • Tendinites (1)
  • Osteoartrite (1)

De modo geral, embora ainda existam poucos estudos clínicos abrangentes, os resultados disponíveis até o momento indicam uma boa atividade da planta no alívio da dor muscular e de queixas articulares, bem como na cicatrização de feridas (1).

Cicatrização

A alantoína, um dos principais compostos bioativos do confrei, estimula o crescimento da epiderme e auxilia na remoção de tecido necrosado, sendo eficaz na cicatrização de feridas (1). Preparações tópicas contendo alantoína reduzem a neoangiogênese em cicatrizes hipertróficas e queloides. Adicionalmente, promovem a melhora clínica de feridas cutâneas por meio da modulação do processo de cicatrização e da resposta inflamatória (1).

Tendinite e Osteoartrite (+)

Alguns estudos demonstraram que o extrato de confrei, aplicado topicamente, foi eficaz no alívio da dor e do edema associados a entorses de tornozelo (1). Esses achados corroboram resultados pré-clínicos que indicaram atividades analgésicas e anti-inflamatórias do extrato e de seus constituintes (1).

Outro estudo avaliou o efeito de um creme (contendo ativos extraídos das raízes da planta) em pacientes com osteoartrite de joelho (1). Foram encontrados resultados significativos em ambas as concentrações testadas (10% e 20%), com aplicação três vezes ao dia, por seis semanas (1). Nesse estudo, observou-se alívio da dor e da rigidez, com melhora da capacidade física, quando comparado ao placebo (1).

Em um estudo com pacientes com dores nas costas, foi verificada uma diferença significativa na intensidade da dor entre os grupos (1). O grupo tratado com confrei apresentou uma melhora de 92%, em contraste com 37% no grupo placebo (1).


Posologia

O uso do confrei é restrito a aplicações externas:

  • Uso externo: Aplicar creme ou pomada três vezes ao dia (1).

Contraindicações e Toxicidade

  • Uso interno é contraindicado (1).
  • Não utilizar por mais de seis semanas (1).

Referências Bibliográficas

  1. SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. Fitoterapia Contemporânea: Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.

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