Syzygium aromaticum (cravo-da-índia): Propriedades Farmacológicas e Aplicações Terapêuticas


Syzygium aromaticum (cravo-da-índia): Propriedades Farmacológicas e Aplicações Terapêuticas


Introdução

O Syzygium aromaticum, popularmente conhecido como cravo-da-índia, é uma especiaria e planta medicinal com uma longa história de uso. Seus botões florais são ricos em compostos bioativos que conferem diversas propriedades terapêuticas, abrangendo desde ações anti-inflamatórias e analgésicas até potenciais efeitos anticonvulsivantes e anticancerígenos.


Nomenclatura e Componentes

  • Nome Científico: Caryophyllus aromaticus; Eugenia caryophyllata; Syzygium aromaticum (1)
  • Nome Popular: Cravo-da-índia (1)
  • Parte Utilizada: Botões florais (1)

Compostos Bioativos

Os botões florais do cravo-da-índia são ricos em:

  • Óleo essencial: Composto principalmente por eugenol, fenol acetato de eugenila, α e β-cariofileno, carvacrol, humuleno e α-humuleno (1)
  • Flavonoides: Incluindo quercetina e derivados do caempferol (1)
  • Taninos (1)
  • Ácidos fenólicos: Como o ácido gálico (1)
  • Esteróis (1)

Principais Indicações Terapêuticas

As principais indicações para o uso do Syzygium aromaticum incluem:

  • Artroses (uso externo) (1)
  • Analgésico local (odontologia) (1)
  • Anticonvulsivante (1)
  • Câncer (1)

Efeito Anti-inflamatório

Um estudo demonstrou que o extrato de S. aromaticum foi capaz de inibir a produção de prostaglandinas, indicando um efeito anti-inflamatório (1).

Efeito Anticonvulsivante

Um estudo avaliou o efeito anticonvulsivante do cravo-da-índia, associado principalmente ao eugenol e ao carvacrol, que possuem atividade relaxante e depressora do Sistema Nervoso Central (SNC) (1).

Câncer

O eugenol tem sido investigado em estudos com animais devido à sua ação antiproliferativa e indutora da apoptose em células de alguns tipos de câncer, como melanoma, tumores de pele, estômago, osteossarcoma e leucemia (1).


Posologia

A posologia recomendada para o cravo-da-índia varia conforme a apresentação:

  • Planta seca: 2-4 g/dia (1)
  • : 0,1-1 g/dia (1)
  • Tintura ((1:5), 25% etanol): 10-15 mL/dia (1)
  • Extrato fluido (1:1): 2-5 mL/dia (1)

Contraindicações e Toxicidade

  • Alergia à família de plantas Myrtaceae (1).
  • O óleo essencial ou o eugenol podem causar irritação e inflamação, além de dermatite de contato (1).
  • O óleo essencial é neurotóxico (1).

Referências Bibliográficas

  1. SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. Fitoterapia Contemporânea: Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.

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