Solanum paniculatum: Potencial Terapêutico na Gastrite e Úlceras


Solanum paniculatum: Potencial Terapêutico na Gastrite e Úlceras


Introdução

A Solanum paniculatum, popularmente conhecida como jurubeba, é uma planta nativa amplamente utilizada na medicina tradicional brasileira. Suas raízes, folhas e frutos contêm diversos compostos bioativos que têm sido investigados por suas propriedades gastroprotetoras, especialmente no manejo da gastrite e úlceras gástricas.


Aspectos Botânicos e Fitoquímicos

Nomenclatura e Partes Utilizadas

O nome científico da planta é Solanum paniculatum. Popularmente, é referida como jurubeba, jubeba, caapeba ou jurepeba. A raiz, as folhas e os frutos são as partes da planta utilizadas para fins terapêuticos (1).

Compostos Bioativos

A Solanum paniculatum é rica em uma variedade de compostos bioativos, incluindo:

  • Flavonoides (1).
  • Amidos (1).
  • Esteroides (1).
  • Ligninas (1).
  • Saponinas: Jurubina, neoclorogenina e paniculogenina (1).
  • Óleo essencial: Contendo tuiona, cariofileno, bisaboleno e nerolidol (1).
  • Alcaloides esteroidais: Solanidina, solanidol e solasodina (1).

Ações Farmacológicas e Indicações Clínicas

Gastrite e Úlceras Gástricas

A principal indicação terapêutica da Solanum paniculatum é para o manejo da gastrite e úlceras gástricas.

Embora ainda não tenham sido realizados ensaios clínicos em humanos com esta planta, os ensaios pré-clínicos são promissores. Um estudo demonstrou que todas as partes da planta apresentam atividade antiulcerogênica, principalmente através da inibição da liberação de suco gástrico (1).


Posologia

A posologia recomendada para a Solanum paniculatum em forma de infusão é:

  • Infusão: 1g da planta seca por xícara, administrada 4 vezes ao dia (1).

Contraindicações e Toxicidade

Doses elevadas de Solanum paniculatum podem gerar efeitos colaterais (1). É fundamental aderir às posologias recomendadas e buscar orientação profissional, especialmente devido à ausência de estudos clínicos em humanos que garantam a segurança para uso prolongado ou em condições específicas.


Referências Bibliográficas

  1. SAAD, G. de A. et al. Fitoterapia Contemporânea – Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.

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