Doenças Paratireoidianas: Uma Abordagem Clínica
Introdução
O paratormônio (PTH) desempenha um papel central na regulação da remodelação óssea, o que implica que disfunções na atividade paratireoidiana podem resultar em manifestações esqueléticas significativas.
Efeitos do PTH na Massa Óssea
Hipoparatireoidismo
Pacientes com hipoparatireoidismo exibem uma diminuição na taxa de remodelação óssea. Essa redução frequentemente se correlaciona com uma massa óssea ligeiramente superior à média populacional e, possivelmente, um menor risco de fraturas (1).
Hiperparatireoidismo
No hiperparatireoidismo grave e crônico, é possível observar diminuição da massa óssea, reabsorção óssea subperiosteal, remodelação óssea generalizada e hiperativa, e, em casos mais avançados, o desenvolvimento de cistos ósseos preenchidos por células osteoclasto-símiles. Contudo, a ocorrência de tais manifestações é rara na prática clínica contemporânea (1).
É importante salientar que o hiperparatireoidismo primário, mesmo em sua forma leve e sem tratamento, está associado a um aumento no risco de fraturas. Esse risco é mediado pela intensificação da remodelação óssea induzida pelo PTH (1).
Por outro lado, quando a hipersecreção de PTH ocorre de forma pulsátil e de curta duração, o hormônio atua como um agente trófico para o tecido ósseo. Essa condição pode promover aumentos substanciais na densidade óssea, particularmente na coluna vertebral. A esse respeito, o fragmento PTH 1-34 é reconhecido e aprovado como tratamento para a osteoporose (1).
Referências Bibliográficas
- ROSS, A. C.; CABALLERO, B.; COUSINS, R. J.; TUCKER, K. L.; ZIEGLER, T. R. Nutrição Moderna de Shills na Saúde e na Doença. 11. ed. São Paulo: Manole, 2016. 1642 p.