Ácidos Clorogênicos: Fontes, Biodisponibilidade e Metabolismo

Introdução

Os ácidos clorogênicos (ACGs) representam uma classe de compostos bioativos de grande interesse, presentes em diversas fontes alimentares e amplamente investigados por seus potenciais efeitos benéficos à saúde.

Fontes Alimentares de Ácidos Clorogênicos

Na dieta ocidental, o café é reconhecido como a principal fonte de ACGs. No Brasil, a erva-mate também contribui significativamente para a ingestão desses compostos (1).

Outras fontes alimentares relevantes de ACGs incluem:

Maçã
Pera
Batata
Mirtilo
Kiwi
Pêssego
Ameixa
Endívia (1)

Conteúdo de ACGs em Bebidas e Alimentos

A concentração de ACGs pode variar consideravelmente entre as fontes:

Café: Uma xícara de café (200 mL) pode conter entre 70 e 350 mg de ácidos totais (1).
Chá-mate: Uma xícara de chá-mate (200 mL) pode conter aproximadamente 120 mg de ACGs (1).
Chimarrão: Uma cuia de chimarrão (500 mL) pode fornecer cerca de 1 grama de ACGs (1).
Frutos: 100 gramas de frutos podem conter entre 50 e 200 mg de ACGs (1).

Biodisponibilidade dos Ácidos Clorogênicos

A biodisponibilidade dos ACGs e de seus metabólitos nos tecidos corporais é fortemente influenciada pelo metabolismo da microbiota intestinal e por enzimas endógenas. Consequentemente, os compostos identificados no sangue e nos tecidos podem diferir daqueles presentes nos alimentos ingeridos (1).

Metabolismo dos Ácidos Clorogênicos

A absorção e a metabolização dos ACGs iniciam-se no estômago. Após a ingestão, esses compostos podem sofrer hidrólise por esterases presentes na membrana do trato gastrointestinal ou pela ação da microbiota. Esse processo resulta na subsequente absorção dos ácidos cinâmicos livres, como os ácidos quínico, cafeico e ferúlico (1).

Referências Bibliográficas

PHILIPPI, S. T.; PIMENTEL, C. V. M. B.; ELIAS, M. F. Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos. 1. ed. São Paulo: Manole, 2019. 893 p.