Posicionamento das Sociedades Médicas e da ANVISA sobre Implante de Gestrinona


Posicionamento das Sociedades Médicas e da ANVISA sobre Implante de Gestrinona


As principais sociedades médicas do Brasil, como a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), não endossam o uso do implante de gestrinona. Essa posição é fundamentada nos riscos associados e na ausência de estudos robustos baseados em evidências científicas que comprovem sua segurança e eficácia (1).

Quanto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no Brasil, há apenas um tipo de implante hormonal aprovado para uso como método contraceptivo: o “chip anticoncepcional” (Implanon). Este implante, no entanto, libera etonogestrel, um hormônio derivado da progesterona. Com exceção deste, todos os outros tipos de implantes hormonais disponíveis no mercado brasileiro não possuem aprovação das agências regulatórias, sendo produtos manipulados (1).


Composição dos Implantes Hormonais Manipulados

Os implantes hormonais manipulados podem conter uma variedade de substâncias, incluindo:

  • Testosterona
  • Oxandrolona
  • Metformina
  • Hidrocortisona
  • Gestrinona

A gestrinona é um hormônio sintético que age como um progestágeno, ou seja, um tipo de hormônio relacionado à progesterona. No entanto, a gestrinona também possui ações anabolizantes similares às da testosterona, acarretando riscos e potenciais danos semelhantes (1).


Referências Bibliográficas

  1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diabetes Magazine. 5. ed., v. 3, 2023.