Futebol Americano: Aspectos Fisiológicos, Treinamento e Nutrição na Recuperação de Lesões
Introdução
O futebol americano é um esporte de alta intensidade que exige dos atletas grande força, potência e massa muscular. A compreensão das demandas físicas do jogo, a prevalência de lesões e as estratégias nutricionais para o ganho de massa e recuperação são cruciais para o desempenho e a saúde dos jogadores.
Ganho de Massa Muscular no Futebol Americano
Para muitos atletas e jogadores de futebol americano, o aumento da força e da potência muscular é um objetivo primordial. Isso é diretamente alcançado pelo aumento da massa muscular nos membros e tronco, que são as principais áreas envolvidas nas ações do jogo (1).
Características Fisiológicas do Jogo
O futebol americano é caracterizado por séries de exercícios curtos, repetidos e de máxima intensidade (1). As exigências físicas variam conforme a posição do jogador em campo. Por exemplo, jogadores da linha de ataque (bloqueadores) frequentemente se envolvem em contato corpo a corpo, enquanto jogadores de “habilidades” (como wide receivers e running backs) tendem a evitar o contato. Contudo, quando o contato ocorre em posições de habilidade, o potencial de impacto é significativamente maior devido à alta velocidade de movimento (1).
A duração de cada jogada na NCAA e na NFL varia de 2 a 13 segundos, com uma média de 5 segundos. O tempo médio de intervalo entre as jogadas fica entre 27 e 37 segundos (1).
Lesões e Recuperação Muscular
Incidência e Mecanismos
A incidência geral de lesões no futebol da NCAA é de 8,1 a cada 1000 exposições (considerando jogos e treinos). Os jogadores são quase sete vezes mais propensos a sofrer uma lesão durante um jogo do que durante um treino (1).
Muitas lesões resultam em períodos prolongados de imobilização do membro para prevenir danos adicionais e permitir a recuperação de ossos, músculos esqueléticos e tecido conjuntivo (1).
Impacto da Imobilização na Massa Muscular
A imobilização de um membro leva ao desuso muscular e à perda de massa muscular. Isso ocorre devido a um balanço proteico muscular negativo, resultante de uma diminuição na síntese proteica muscular basal e do desenvolvimento de resistência anabólica à ingestão de proteínas da dieta (1). A perda muscular é mais acentuada nas primeiras 1-2 semanas de imobilização (1).
Nutrição na Reabilitação
Durante o processo de reabilitação e recuperação, as necessidades nutricionais são bastante similares às de um atleta que busca hipertrofia muscular para aumentar a força e a potência (1). É crucial evitar deficiências nutricionais e energéticas para otimizar a recuperação e o retorno ao desempenho (1).
Referências Bibliográficas
- JEUKENDRUP, A. E.; GLEESON, M. Nutrição no esporte – Diretrizes nutricionais e bioquímica e fisiologia do exercício. 3. ed. São Paulo: Manole, 2021. 559 p.