Compreendendo o Consumo de Açúcar e o Conceito de “Vício”


Compreendendo o Consumo de Açúcar e o Conceito de “Vício”


Introdução

Este documento aborda as recomendações de consumo de açúcar e as evidências científicas atuais sobre o conceito de “vício em açúcar”, distinguindo-o de padrões alimentares compulsivos.


Recomendações Nutricionais para o Consumo de Açúcar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma ingestão máxima de 25 gramas de açúcar por dia para adultos saudáveis.


O Conceito de “Vício em Açúcar”: Uma Análise Crítica

A discussão sobre o “vício em açúcar” tem ganhado destaque, embora a maioria dos estudos sobre esse tema seja realizada em roedores, com poucas pesquisas em humanos (1).

Um estudo conduzido em humanos indicou que alimentos com alto teor de gordura, ou a combinação de gordura e açúcar, geraram mais “sintomas de dependência” do que alimentos contendo apenas açúcar (1). Isso sugere que, embora o açúcar ative o sistema de recompensa cerebral, ele não é o único ou o principal fator responsável por esses sintomas (1).

A compreensão atual no campo da nutrição aponta para a inexistência de um “vício em açúcar” isolado. Em vez disso, a discussão se concentra em um comportamento alimentar compulsivo, principalmente em relação a alimentos altamente palatáveis (1).

Adicionalmente, estudos demonstraram que o consumo diário de açúcar não resultou em um ganho de peso significativamente maior quando comparado à ingestão de outros macronutrientes (1). É fundamental ressaltar que a ativação de sistemas cerebrais similares aos ativados por outras substâncias aditivas não implica na mesma intensidade ou nos mesmos efeitos de dependência (1).


Referências Bibliográficas

  1. MARKUS, C. R. et al. Eating dependence and weight gain; no human evidence for a ‘sugar-addiction’ model of overweight. Appetite, [s. l.], v. 114, p. 64–72, 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.appet.2017.03.024.

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