Hormônio Antidiurético (ADH): Regulação e Efeitos Fisiológicos
Introdução
O hormônio antidiurético (ADH), também conhecido como vasopressina, é um peptídeo fundamental na regulação do balanço hídrico corporal e da pressão arterial. Sua liberação e ação são cruciais para a manutenção da homeostase.
Regulação da Liberação de ADH
A liberação do ADH é finamente regulada por osmorreceptores localizados em uma região próxima ao hipotálamo (1). Esses receptores são sensíveis às variações da osmolalidade plasmática, desempenhando um papel crucial no controle da sede e da excreção de água.
Um estímulo potente para a secreção de ADH é a baixa volemia, ou seja, a diminuição do volume sanguíneo (1). Em situações de desidratação ou hemorragia, a redução do volume intravascular é prontamente detectada, resultando em aumento da liberação de ADH para compensar a perda de líquidos.
Efeitos Fisiológicos do ADH
O ADH exerce duas ações principais no organismo:
- Regulação Hídrica nos Rins: A principal função do ADH é aumentar a reabsorção de água nos rins. Na ausência de ADH, os ductos coletores renais tornam-se quase impermeáveis à água, impedindo sua reabsorção e levando a uma extrema perda de água pela urina (1). Por outro lado, a presença de ADH torna esses ductos permeáveis, permitindo a conservação de água pelo organismo.
- Efeito Vasoconstritor (Vasopressina): Em altas concentrações, o ADH possui um potente efeito vasoconstritor sobre as arteríolas em todo o corpo, o que resulta em um aumento da pressão arterial (1). É devido a essa ação que o hormônio também recebe o nome de Vasopressina (1). Esse efeito é particularmente importante em situações de choque hipovolêmico, onde a elevação da pressão arterial é vital.
Referências Bibliográficas
- Hall, J. E.; Guyton, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. 1–1176 p.