Anti-histamínicos H2: Mecanismo de Ação e Aplicações Clínicas


Anti-histamínicos H2: Mecanismo de Ação e Aplicações Clínicas


Introdução

Os anti-histamínicos H2 são uma classe de medicamentos que atuam inibindo competitivamente as ações da histamina nos receptores H2. Sua principal aplicação clínica concentra-se na redução da secreção de ácido gástrico.


Mecanismo de Ação e Efeitos Fisiológicos

Esses fármacos são capazes de inibir a secreção de ácido gástrico estimulada tanto pela histamina quanto pela gastrina. Consequentemente, a secreção de pepsina também diminui devido à redução do volume do suco gástrico. Os anti-histamínicos H2 não só reduzem a secreção basal e a estimulada por alimentos em 90% ou mais, mas também promovem o fechamento de úlceras duodenais, conforme demonstrado em diversos ensaios clínicos (2). No entanto, é comum ocorrerem recidivas após a suspensão do tratamento (1).

Principais Fármacos

Os principais fármacos pertencentes a essa classe incluem:

  • Cimetidina
  • Ranitidina
  • Nizatidina
  • Famotidina

Efeitos Adversos

Os efeitos adversos associados aos anti-histamínicos H2 são considerados raros. No entanto, foram relatados casos de diarreia, tonturas, dores musculares, alopecia, rashes transitórios, confusão em idosos e hipergastrinemia (1). Especificamente em homens, a cimetidina pode ocasionalmente induzir ginecomastia e, em raras situações, diminuição da função sexual (1).


Referências Bibliográficas

  1. RITTER, J. M. et al. Rang & Dale Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 789 p.
  2. GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 13. ed. Porto Alegre: AMGH, 2018.

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