Apendicite Aguda: Diagnóstico e Manifestações Clínicas
Introdução
A apendicite aguda é uma condição inflamatória do apêndice cecal que se manifesta com um quadro de dor abdominal intensa. O diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações graves, sendo baseado na avaliação clínica e em exames complementares.
Sinais e Sintomas
A dor abdominal é o sintoma cardinal da apendicite aguda, classicamente localizada no quadrante inferior direito. Geralmente, a dor é seguida por náuseas e vômitos (1). A intensidade da dor costuma ser proporcional ao grau de irritação do peritônio parietal (1).
É importante notar que em casos de apêndice retrocecal (a localização mais comum do apêndice), a dor pode ser mais “surda” e sem uma localização tão específica. Isso ocorre porque, nessa posição, o apêndice não tem contato direto com o peritônio parietal, o que atenua a irritação peritoneal e, consequentemente, a característica da dor (1).
Diagnóstico
A tríade clássica para o diagnóstico de apendicite aguda, e a ferramenta mais sensível, é composta por dor no quadrante inferior direito, anorexia e leucocitose (1).
Em relação aos exames laboratoriais:
- Aproximadamente 30% dos indivíduos com apendicite aguda apresentam leucocitose (aumento do número de leucócitos no sangue) (1).
- Cerca de 95% dos pacientes demonstram um desvio para a esquerda, que é a presença de neutrófilos jovens na contagem diferencial, um indicativo de infecção bacteriana (1).
Em pacientes com sintomas ambíguos, a tomografia computadorizada (TC) pode ser utilizada para auxiliar no diagnóstico, oferecendo maior clareza e precisão (1).
Referências Bibliográficas
- WILLIMSON, M. A.; SNYDER, L. M. Wallach – Interpretação de Exames Laboratoriais. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1225 p.