Boro: Um Mineral-Traço com Múltiplas Funções Fisiológicas
Introdução
O boro é um mineral-traço cuja relevância fisiológica ainda não é completamente elucidada, mas que tem demonstrado participação em processos biológicos cruciais, especialmente relacionados à saúde óssea e ao metabolismo hormonal.
Fisiologia
O boro é classificado como um mineral-traço. Apesar de seu papel fisiológico ainda não ser totalmente compreendido, pesquisas sugerem sua influência em diversas vias metabólicas (1).
Recomendações Nutricionais e Fontes Alimentares
Atualmente, não foram estabelecidas recomendações de ingestão dietética (RDA) para o boro. O Nível Superior de Ingestão Tolerável (UL) para o boro é de 20 mg/dia.
As principais fontes alimentares de boro incluem:
- Pêssego
- Cogumelo
- Pepino
- Avelã
- Beterraba
- Gérmen de trigo
- Amêndoa
- Uva
- Abacate
- Nozes
- Lentilha
- Repolho
- Alho
- Feijão
- Cenoura
- Arroz integral
Suplementação e Evidências Clínicas
Estudos sobre a suplementação de boro não demonstraram benefícios significativos na densidade mineral óssea, na massa magra ou na força muscular (1). Além disso, a suplementação contínua de boro em homens não resultou em aumento dos níveis de testosterona (2). Apesar das interações conhecidas entre o boro e o metabolismo do cálcio e magnésio, ele não parece atuar como uma ferramenta ergogênica (2).
Funções e Implicações na Saúde
Saúde Óssea
O boro é importante para a saúde óssea, participando da osteogênese e auxiliando na prevenção do processo de desmineralização óssea. Ele induz uma maior atividade dos osteoblastos, regulando a expressão de genes relacionados com a mineralização óssea.
Artrite Reumatoide
O boro tem sido relacionado ao estrogênio e à artrite reumatoide.
Saúde da Mulher
Em mulheres em período peri/pós-menopausa, a suplementação de boro promoveu a redução da excreção urinária de cálcio e magnésio, o aumento da absorção de cálcio e o aumento das concentrações séricas de estradiol.
Ação Anti-inflamatória
O boro apresenta um efeito anti-inflamatório, inibindo a atividade das células T e propiciando a formação de corticosteroides que aliviam os sintomas da artrite reumatoide.
Referências Bibliográficas
- KERKSICK, C. M. et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: Research & recommendations. Journal of the International Society of Sports Nutrition, [s. l.], v. 15, n. 1, p. 1–57, 2018.
- JEUKENDRUP, A. E.; GLEESON, M. Nutrição no Esporte – Diretrizes Nutricionais e Bioquímica e Fisiologia do Exercício. 3. ed. São Paulo: Manole, 2021. 559 p.