Calendula officinalis: Propriedades Terapêuticas e Aplicações Dermatológicas
Introdução
A Calendula officinalis, popularmente conhecida como calêndula, é uma planta medicinal amplamente utilizada por suas propriedades terapêuticas, especialmente em condições dermatológicas. Seus extratos são ricos em compostos bioativos que conferem ações anti-inflamatórias, cicatrizantes e protetoras da pele.
Nomenclatura e Componentes
- Nome Científico: Calendula officinalis (1)
- Nome Popular: Calêndula, Bonina, Margarida-dourada (1)
- Parte Utilizada: Capítulos florais (1)
Compostos Bioativos
Os capítulos florais da calêndula contêm diversos compostos bioativos:
- Flavonoides: Isoquercitrina, quercetina, narcissina, neo-hesperidosídeo e rutina (1)
- Terpenoides: Incluindo α e β-amirina, lupeol, longispinogenina (1)
- Fitoesteróis (1)
- Polissacarídeos (1)
- Taninos (1)
- Carotenoides (1)
Principais Indicações Terapêuticas
A Calendula officinalis é indicada para diversas condições, notadamente:
- Ferimentos infectados e úlceras varicosas (1)
- Dermatite de fraldas e queimaduras solares (1)
- Eczemas, acne (1)
- Leucorreias (1)
- Hemorroidas (1)
- Conjuntivite (1)
Dermatite
Um estudo avaliou a ocorrência de dermatite pós-radioterapia em pacientes com câncer de mama e verificou uma redução significativa na incidência de dermatite, acompanhada de diminuição da dor causada pela radiação com o uso de calêndula (1).
Queimaduras
Em um estudo com animais, a administração de extrato das flores de calêndula em doses de 20, 100 e 200 mg/kg em casos de queimaduras térmicas demonstrou uma melhora significativa na cicatrização, com um processo mais rápido (1).
Posologia
A posologia da calêndula varia conforme a forma farmacêutica:
- Cremes e unguentos: Concentração de 10% (1)
- Óvulos vaginais: Concentração de 10% (1)
- Tintura a 10%: Aplicação direta ou em compressas (1)
- Tintura a 10%: 2-10mL/dia (1)
- Extrato fluido: 0,5-2,0mL/dia (1)
- Infusão: 1 colher de sobremesa das pétalas por xícara; tomar 1 xícara antes das principais refeições (1)
Contraindicações
É importante ter cautela devido ao potencial alergênico da calêndula (1).
Referências Bibliográficas
- SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. Fitoterapia Contemporânea: Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.