Catequinas: Metabolismo, Fontes e Considerações de Segurança


Catequinas: Metabolismo, Fontes e Considerações de Segurança


Introdução

As catequinas são compostos bioativos pertencentes à classe dos flavonoides, que por sua vez fazem parte do grupo mais amplo dos polifenóis (1). Atualmente, são conhecidas pelo menos dez catequinas diferentes (1). Esses compostos, abundantes em diversas fontes alimentares, têm sido investigados por seus potenciais benefícios à saúde.


Metabolismo e Biodisponibilidade

As concentrações máximas de catequinas no plasma são geralmente observadas cerca de 1,5 a 2 horas após a ingestão, o que sugere que a absorção inicia no intestino delgado (1). É importante notar que os metabólitos microbianos correspondem a aproximadamente 36% das catequinas ingeridas e também podem ser responsáveis por parte dos efeitos benéficos do consumo de chá (1).

A biodisponibilidade é uma característica que varia para cada tipo de catequina, influenciando a quantidade absorvida e disponível para o organismo (1).


Recomendações Nutricionais e Fontes Alimentares

As catequinas são encontradas em diversas fontes alimentares, incluindo:

  • Chá-verde
  • Chá-preto
  • Cacau
  • Pera
  • Maçã
  • Vinho
  • Uva
  • Morango
  • Feijão

O Chá como Fonte de Catequinas

No chá, as catequinas mais encontradas são a epicatequina (EC), a epicatequina-3-galato (ECG), a epigalocatequina (EGC) e a epigalocatequina-3-galato (EGCG) (1).

  • No chá-verde, as catequinas correspondem a aproximadamente 70% dos compostos fenólicos presentes (1).
  • No chá-preto, as catequinas correspondem a cerca de 50% (1).

O consumo médio diário estimado de catequinas varia entre 18-50 mg na Europa e aproximadamente 158 mg/dia nos EUA (1).


Toxicidade e Efeitos Adversos

A ingestão de catequinas a partir de chás e outros alimentos, nas condições tradicionais de consumo, não está associada a nenhum efeito adverso (1).

Contudo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) considera que não existem evidências suficientes para respaldar a segurança do uso de extratos concentrados de Camellia sinensis (planta do chá) como alimento em doses elevadas, indicando a necessidade de cautela com produtos que fornecem quantidades muito superiores às encontradas na dieta habitual (1).


Referências Bibliográficas

  1. PHILIPPI, S. T.; PIMENTEL, C. V. de M. B.; ELIAS, M. F. Alimentos Funcionais e compostos bioativos. 1. ed. São Paulo: Manole; 2019. 893 p.

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