Condromalácia Patelar: Fisiopatologia e Abordagem Clínica
Introdução
A condromalácia patelar caracteriza-se clinicamente por gonalgia generalizada, apresentando-se, na maioria dos casos, sem a concomitância de edema. A fisiopatogenia desta disfunção está provavelmente associada a alterações angulares ou rotacionais do membro inferior. Tais alterações promovem o desequilíbrio dos componentes do quadríceps, resultando em um desalinhamento dinâmico da patela.
Manifestações Clínicas
O quadro álgico tende a ser exacerbado por atividades que imponham sobrecarga axial aos joelhos ou pela ação de subir e descer escadas. Adicionalmente, observa-se a presença do sinal do teatro, definido como a manifestação de dor após a permanência na posição sentada por períodos prolongados.
Estratégias Terapêuticas
O protocolo de tratamento abrange desde abordagens conservadoras até, em situações específicas, intervenções cirúrgicas.
Manejo Conservador e Fase Aguda
O tratamento da dor aguda decorrente da condromalácia patelar fundamenta-se na fisioterapia — visando a otimização da mecânica articular —, associada à aplicação de gelo (crioterapia) e à administração de analgésicos.
No que tange à população pediátrica, recomenda-se a suspensão temporária, por vários dias, de atividades que precipitem a dor, tipicamente aquelas que envolvem a flexão do joelho.
Procedimentos Cirúrgicos
A indicação cirúrgica é reservada para casos de dor recorrente ou persistente que não respondem ao tratamento conservador. Embora raros, tais casos podem exigir o alisamento da superfície articular inferior da patela via procedimentos artroscópicos.