Defeitos do Tubo Neural: Etiologia, Fisiopatologia e Estratégias de Prevenção
Introdução
Os defeitos do tubo neural (DTN) representam um grupo significativo de malformações congênitas do sistema nervoso central, com sérias implicações para o desenvolvimento fetal. A compreensão da sua fisiopatologia e, mais importante, das estratégias preventivas, como a suplementação com ácido fólico, é crucial na saúde materno-infantil.
Fisiopatologia dos Defeitos do Tubo Neural
Os defeitos do tubo neural são as malformações congênitas mais proeminentes e comuns que afetam o sistema nervoso central (1). Caracterizam-se por diferentes graus de injúria que ocorrem durante a embriogênese, especificamente no processo de formação do tubo neural (1).
A formação do tubo neural é o primeiro processo organogenético a ser iniciado e concluído no desenvolvimento embrionário (1). Este processo crucial tem início aproximadamente 21 dias após a concepção e é finalizado por volta do 28º dia (1). Falhas nesse período crítico podem resultar em DTN.
Recomendações Nutricionais: Ácido Fólico
Estudos de suplementação têm consistentemente demonstrado que a ingestão de 400 mcg/dia de ácido fólico está associada a uma redução de risco de 70-80% de defeitos do tubo neural (1).
Embora o mecanismo exato pelo qual o folato confere essa proteção ainda não seja totalmente conhecido, postula-se que a melhoria dos níveis de folato no organismo possa superar deficiências na produção de proteínas ou de DNA no período crucial do fechamento do tubo neural (1). Isso ressalta a importância da suplementação adequada, especialmente no período periconcepcional.
Referências Bibliográficas
- ROSS, A. C. et al. Nutrição Moderna de Shils na Saúde e na Doença. 11. ed. São Paulo: Manole, 2016. 1642 p.