Disfagia: Causas e Consequências da Alteração da Deglutição


Disfagia: Causas e Consequências da Alteração da Deglutição


Introdução

A disfagia, caracterizada pela alteração no mecanismo de deglutição, pode ser decorrente de lesões em nervos cranianos específicos, doenças neurológicas ou distúrbios musculares. Essa condição acarreta sérias implicações, como a abolição da deglutição e o risco de aspiração pulmonar.


Etiologia da Disfagia

A disfagia pode ser causada por diversos fatores, incluindo (1):

  • Lesão dos nervos cranianos V (trigêmeo), IX (glossofaríngeo) ou X (vago), os quais impactam significativamente o mecanismo de deglutição.
  • Doenças como poliomielite ou encefalite, que impedem a deglutição normal ao lesionar o centro da deglutição localizado no tronco cerebral.
  • Paralisia dos músculos da deglutição em indivíduos com distrofia muscular.
  • Insuficiência da transmissão neuromuscular decorrente de condições como miastenia gravis ou botulismo.

Alterações no Mecanismo de Deglutição

As alterações no mecanismo de deglutição podem se manifestar de várias formas, com consequências potencialmente graves (1):

  • Abolição completa do ato de deglutição.
  • Falha da glote em se fechar, resultando na entrada de alimentos no pulmão (aspiração).
  • Falha do palato mole e da úvula em fecharem as narinas posteriores, causando refluxo de alimento para o nariz durante a deglutição.

Outra circunstância de risco ocorre durante o estado de anestesia profunda, onde o mecanismo de deglutição fica completamente bloqueado (1). Em alguns procedimentos cirúrgicos, indivíduos podem vomitar grandes quantidades de material estomacal na faringe e, em vez de deglutir, aspiram esse material para a traqueia devido ao bloqueio do mecanismo de deglutição pelo anestésico, podendo levar a casos de asfixia e morte pelo próprio vômito (1).


Referências Bibliográficas

  1. Hall JE, Guyton AC. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2017. 1–1176 p.