Dislalia: Um Transtorno da Articulação da Fala


Dislalia: Um Transtorno da Articulação da Fala


Introdução

A dislalia é uma alteração na articulação dos fonemas, que afeta a clareza da fala e pode gerar dificuldades de compreensão por parte dos ouvintes. Essa condição se manifesta por meio de má articulação, omissões, distorções, substituições de sons ou a produção de sons inconsistentes e concorrentes, como exemplificado pelo personagem Cebolinha da Turma da Mônica.


Características da Dislalia

A dislalia se caracteriza por uma alteração na articulação dos fonemas, que pode resultar em (1):

  • Má articulação: Dificuldade na produção correta dos sons da fala, tornando-a incompreensível.
  • Omissões: Ausência de um som na palavra (ex: “casa” por “ca-a”).
  • Distorções: Produção de um som de forma imprecisa, que não corresponde ao fonema correto.
  • Substituição de um som por outro: Troca de um fonema por outro (ex: “rato” por “lato”).
  • Sons inconsistentes ou concorrentes: Produção de sons variados ou múltiplos para um mesmo fonema.

A permanência da fala infantilizada, déficits na discriminação auditiva ou na orientação do ato motor da língua são aspectos que, somados aos fatores etiológicos, propiciam a existência e manutenção dessa alteração (1).


Hábitos Orais Inadequados e Fatores Etiológicos

Alguns hábitos orais inadequados frequentemente associados à dislalia incluem (1):

  • Uso prolongado de chupeta e mamadeira.
  • Onicofagia (hábito de roer unhas).
  • Sucção de dedo.

Esses hábitos, quando associados a dificuldades ou alterações na respiração (respiração bucal) e/ou formas errôneas de mastigar e engolir alimentos, podem provocar e manter esse distúrbio da fala (1).


Tipos de Dislalia

A dislalia pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo de sua origem e natureza (1):

  • Evolutiva: Refere-se a alterações na fala que são esperadas em determinadas fases do desenvolvimento infantil e que tendem a se corrigir espontaneamente com o tempo.
  • Funcional: Caracterizada por dificuldades na articulação dos fonemas que não são atribuídas a causas orgânicas, mas a um funcionamento inadequado dos órgãos fonoarticulatórios.
  • Orgânica: Associada a alterações físicas ou neurológicas que afetam a produção da fala, como malformações orofaciais ou lesões cerebrais.