Estomatite Aftosa Recorrente: Etiologia e Manifestações Clínicas


Estomatite Aftosa Recorrente: Etiologia e Manifestações Clínicas


Introdução

As lesões ulcerosas na cavidade oral, comumente conhecidas como aftas, são manifestações frequentes na prática clínica. Essas lesões, que podem variar em apresentação e gravidade, possuem uma etiologia multifatorial e podem impactar significativamente a qualidade de vida do paciente, principalmente devido à dor associada à mastigação.


Fisiopatologia

As aftas orais são lesões ulcerosas de ocorrência comum na cavidade oral (1). Sua etiologia é multifatorial, podendo estar associada a diversos fatores, como:

  • Trauma local: Causado, por exemplo, por má oclusão dentária ou escovação dental inadequada (1).
  • Reações imunomediadas: Respostas do sistema imune que desencadeiam a formação das úlceras (1).
  • Infecções: Causadas por agentes bacterianos ou virais (1).

Adicionalmente, alguns estudos sugerem uma relação entre o aparecimento dessas lesões e a sensibilidade a determinados alimentos, especificamente aqueles que contêm ácido ascórbico (vitamina C) e glúten (1).

O processo inflamatório inerente a essa condição na cavidade oral pode resultar em dor significativa durante a mastigação (1), o que impacta diretamente a ingestão alimentar e o bem-estar do paciente.


Formas Clínicas da Estomatite Aftosa

Existem três formas principais de estomatite aftosa, classificadas de acordo com suas características morfológicas e tempo de cicatrização:

  • Estomatite aftosa menor: Caracterizada por lesões arredondadas, bem definidas, que geralmente cicatrizam em um período de 10 a 14 dias (1).
  • Estomatite aftosa maior: Apresenta lesões maiores e mais profundas, com cicatrização que pode levar até 6 semanas, frequentemente deixando cicatrizes residuais (1).
  • Estomatite herpetiforme: Manifesta-se como múltiplas lesões pequenas que podem coalescer, formando úlceras maiores. Sua duração é de aproximadamente 7 a 10 dias (1). Esta forma, embora se resolva espontaneamente, pode ter caráter recorrente (1).

Referências Bibliográficas

  1. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. 3. ed. São Paulo: Editora Pitaya, 2016. 1308 p.

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