Estimativa do Gasto Energético por Frequência Cardíaca no Exercício


Estimativa do Gasto Energético por Frequência Cardíaca no Exercício


Introdução

A relação linear entre a frequência cardíaca (FC) e o consumo de oxigênio (VO₂) em intensidades de exercício submáximas tem permitido o desenvolvimento de métodos para estimar o gasto energético (GE). Contudo, a precisão dessa estimativa varia, sendo crucial considerar as limitações e a metodologia adequada para sua aplicação.


Relação entre Frequência Cardíaca e Gasto Energético

Devido à relação linear da frequência cardíaca (FC) com a captação de oxigênio (VO₂) em intensidades de exercício submáximas, métodos para avaliar o gasto energético (GE) foram desenvolvidos (1). Nessas intensidades, a FC pode servir como um proxy para o consumo de oxigênio e, consequentemente, para o gasto calórico.

No entanto, é importante notar que, em intensidades de exercícios muito baixas e muito altas, essa estimativa é pouco confiável (1). Para utilizar a FC na estimativa do gasto energético, a relação entre FC e VO₂ (e GE) deve ser previamente determinada para cada indivíduo (1).


Limitações da Estimativa por FC

Embora o método da FC possa fornecer estimativas satisfatórias do GE médio para um grupo, ele não é necessariamente preciso para indivíduos isolados (1). Alguns autores encontraram uma diferença de +20% e -15% entre os indivíduos ao comparar os métodos de calorimetria (considerado padrão-ouro para a medição do gasto energético) e a estimativa baseada na FC (1). Essa variabilidade individual ressalta a necessidade de cautela ao aplicar os resultados a pacientes específicos.


Referências Bibliográficas

  1. Jeukendrup AE, Gleeson M. Nutrição no esporte – Diretrizes nutricionais e bioquímica e fisiologia do exercício. 3. ed. São Paulo: Manole; 2021. 559 p.