Hebanthe eriantha: Potencial Terapêutico na Doença Inflamatória Intestinal (DII)


Hebanthe eriantha: Potencial Terapêutico na Doença Inflamatória Intestinal (DII)


Introdução

A Hebanthe eriantha, popularmente conhecida como pfáfia, paratudo ou ginseng brasileiro, é uma planta cujo uso tradicional tem sido investigado por suas propriedades adaptogênicas e anti-inflamatórias. A raiz da pfáfia contém uma variedade de compostos bioativos que demonstram potencial terapêutico em condições como a Doença Inflamatória Intestinal (DII).


Aspectos Botânicos e Fitoquímicos

Nomenclatura e Parte Utilizada

O nome científico da planta é Hebanthe eriantha, sendo também referida por sinônimos como Pfaffia paniculata, Gomphrena eriantha, Pfaffia glomerata e Pfaffia iresinoides. Popularmente, é conhecida como pfáfia, fáfia, paratudo ou ginseng brasileiro (1). A raiz é a parte da planta utilizada para a extração de seus compostos bioativos (1).

Compostos Bioativos

A raiz da pfáfia é rica em diversos compostos bioativos, incluindo:

  • Nortriterpenoides: Ácido pfáffico, pfaffina A e B (1).
  • Saponinas: Pfaffosídeos A, B, C, D, E e F (1).
  • Terpenoides: Sitoesterol e estigmasterol (1).
  • Alantoína (1).

Ações Farmacológicas e Indicações Clínicas

Doença Inflamatória Intestinal (DII)

A principal indicação terapêutica da Hebanthe eriantha é para a Doença Inflamatória Intestinal (DII).

Um estudo em ratos, utilizando um modelo de DII induzida pelo ácido trinitrobenzenossulfônico, avaliou a capacidade adaptogênica do extrato da planta na dose de 200 mg/kg (1). Os resultados demonstraram uma melhora significativa no processo inflamatório, com redução do dano macroscópico e da extensão da lesão intestinal (1). Além disso, parâmetros como a diminuição da atividade da mieloperoxidase, dos níveis de citocinas pró-inflamatórias e da proteína C reativa indicaram que o efeito protetor da pfáfia está relacionado com a redução do estresse oxidativo (1).


Posologia

As posologias recomendadas para Hebanthe eriantha incluem:

  • Tintura (1:5): 20-40 gotas, 3 vezes ao dia (1).
  • : 800-1000 mg, 3 vezes ao dia (1).
  • Extrato seco: 400-500 mg, 2 vezes ao dia (1).

Contraindicações e Toxicidade

A Hebanthe eriantha não demonstrou problemas de toxicidade nos estudos realizados até o momento (1). Contudo, pode interagir com a varfarina, um medicamento anticoagulante (1). Portanto, pacientes em uso de varfarina ou outros anticoagulantes devem utilizar a pfáfia com cautela e sob supervisão médica.


Referências Bibliográficas

  1. SAAD, G. de A. et al. Fitoterapia Contemporânea – Tradição e Ciência na Prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.

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