Hiperparatireoidismo (HPTP): Diagnóstico e Manifestações Clínicas
Introdução
O hiperparatireoidismo (HPTP) é uma doença crônica que, na maioria dos casos, é manejada em nível ambulatorial. Caracteriza-se por uma elevação persistente dos níveis do paratormônio (PTH), que por sua vez, impacta o metabolismo do cálcio e do fósforo no organismo, resultando em uma série de manifestações clínicas.
Manifestações Clínicas e Diagnóstico
O reconhecimento precoce da hipercalcemia é fundamental, pois permite um diagnóstico anterior ao quadro clínico clássico do HPTP. Este quadro é composto por uma tríade de manifestações (1):
- Manifestações Renais: Incluem litíase urinária (cálculos renais), nefrocalcinose (depósito de cálcio nos rins) e prejuízo da função renal (1).
- Manifestações Ósseas: Caracterizam-se por fragilidade óssea, alterações radiográficas (como o aspecto de “sal e pimenta” no crânio e reabsorção óssea subperiosteal), tumor marrom e osteíte fibrosa cística (1).
- Manifestações Neuromusculares: Podem apresentar mialgia, fraqueza muscular, anorexia, alteração da consciência e, em casos mais graves, evoluir para coma (1).
Esses sintomas são uma consequência da manutenção de níveis elevados de PTH e cálcio, associados à depleção de fósforo (1).
Hiperparatireoidismo Normocalcêmico
Recentemente, uma forma menos grave da doença tem sido reconhecida: o hiperparatireoidismo normocalcêmico (1). Nesta condição, os níveis de cálcio sérico encontram-se dentro da faixa de normalidade (geralmente no limite superior), mas a taxa de PTH está elevada (1). Essa condição reforça a importância da avaliação conjunta de PTH e cálcio para um diagnóstico preciso.
Referências Bibliográficas
- BRAGA, J. A. P.; AMANCIO, O. M. S. Deficiências Nutricionais – Manual para Diagnóstico e Condutas. 1. ed. Santana de Parnaíba: Manole, 2022. 216 p.