Leiomiomas Uterinos: Definição, Fisiopatologia e Manifestações Clínicas


Leiomiomas Uterinos: Definição, Fisiopatologia e Manifestações Clínicas


Introdução

Os leiomiomas uterinos, comumente conhecidos como miomas, são tumores benignos que se desenvolvem no útero. Apesar de sua natureza benigna, podem causar uma série de sintomas significativos que afetam a qualidade de vida das mulheres.


Definição e Caracterização

Leiomiomas são nódulos benignos constituídos por músculo liso que se formam no útero. São tumores monoclonais derivados do miométrio (camada muscular do útero) e são mais comuns em mulheres pré-menopausadas.

Estruturalmente, um leiomioma é composto por uma pseudocápsula fibrovascular que envolve um tecido de células musculares lisas, fibroblastos e tecido conectivo. Esses tumores podem afetar até 70% das mulheres.


Fisiopatologia

O crescimento do leiomioma ocorre pelo acúmulo de matriz extracelular (MEC). A MEC é composta por vários tipos de colágeno, fibronectina e proteoglicanos, todos produzidos pelos fibroblastos locais. A MEC atua como um reservatório de fatores de crescimento e citocinas, aumentando a estabilidade desses mediadores.

A relação entre hormônios e o crescimento do mioma é evidente: estrogênios combinados com progesterona aumentam a expressão celular do marcador de proliferação Ki-67, o que leva ao acúmulo de MEC devido à síntese acelerada de colágeno tipo I e III.


Localização

Os leiomiomas podem ser classificados de acordo com sua localização no útero:

  • Submucoso: Desenvolvem-se dentro da cavidade uterina.
  • Intramural: Localizam-se dentro da parede uterina.
  • Subseroso: Crescem na superfície externa do útero.

Sinais e Sintomas

As manifestações clínicas dos leiomiomas variam dependendo do tamanho, número e localização dos nódulos. Os sintomas comuns incluem:

  • Sangramento uterino anormal: Uma das queixas mais frequentes.
  • Dor pélvica: Pode ser crônica ou aguda.
  • Problemas gastrointestinais: Como constipação, devido à compressão de órgãos adjacentes.
  • Anemia: Consequência de sangramentos excessivos.
  • Problemas urinários: Como frequência ou dificuldade para urinar, devido à compressão da bexiga.
  • Complicações obstétricas: Em gestações, podem levar a abortos, partos prematuros ou dificuldades no parto.

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