Levodopa e Interações Nutricionais na Doença de Parkinson


Levodopa e Interações Nutricionais na Doença de Parkinson


Introdução

A levodopa, precursora metabólica da dopamina, é um medicamento fundamental no tratamento da doença de Parkinson. Para otimizar sua eficácia, é crucial entender como a ingestão de alimentos, especialmente proteínas, pode influenciar sua absorção e biodisponibilidade.


Interação da Levodopa com Nutrientes

A levodopa requer o transportador de peptídeos PepT1 (peptide transporter 1) para ser absorvida pelos enterócitos no trato gastrointestinal (1). No entanto, a absorção da levodopa pode ser inibida pela competição com alguns aminoácidos e peptídeos que possuem similaridade estrutural, o que resulta na redução da biodisponibilidade do fármaco (1).

Além do intestino, a barreira hematoencefálica também é um local de competição entre a levodopa e aminoácidos (1). Por essa razão, sugere-se que a administração da levodopa não deve ser concomitante com refeições hiperproteicas (1), para evitar a diminuição da absorção e transporte do fármaco para o cérebro.


Recomendações para a Administração

Para maximizar a absorção e a eficácia da levodopa, a administração do medicamento deve ser feita com cautela em relação ao consumo de proteínas. Geralmente, recomenda-se que a levodopa seja tomada cerca de 30 a 60 minutos antes das refeições, ou 1 a 2 horas após, para minimizar a competição por transportadores de aminoácidos.


Referências Bibliográficas

  1. Cozzolino, S. Biodisponibilidade de Nutrientes. 6. ed. São Paulo: Manole, 2020. 934 p.

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