Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): Fisiopatologia, Sinais, Sintomas e Abordagens Terapêuticas


Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES): Fisiopatologia, Sinais, Sintomas e Abordagens Terapêuticas


Introdução

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica e complexa que afeta múltiplos órgãos e sistemas. Seu manejo envolve abordagens farmacológicas e, de forma complementar, a terapia nutricional, ambas direcionadas a controlar a atividade da doença e suas manifestações.


Fisiopatologia do Lúpus Eritematoso Sistêmico

O LES é caracterizado por ser uma doença autoimune que pode afetar virtualmente todos os sistemas de órgãos (1). Existe uma predisposição genética, e a doença está associada a um excesso de interferon tipo 1 e outras células citotóxicas (1).

A doença é mais prevalente em mulheres em idade fértil e é observada com maior frequência em indivíduos de ascendência negra, hispânica, asiática ou nativa americana, em comparação com caucasianos (1).

Um dos sistemas frequentemente comprometidos é o renal, onde a função é prejudicada, resultando em excreção excessiva de proteínas e, em muitos casos, em insuficiência renal (1).


Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas do LES são variados e podem incluir:

  • Fadiga extrema (1)
  • Articulações doloridas ou inchadas (1)
  • Febres sem causa óbvia (1)
  • Erupções cutâneas (1)
  • Úlceras na boca (1)
  • Problemas renais (1)

Tratamento

O tratamento do LES visa controlar a inflamação, suprimir a resposta autoimune e manejar os sintomas e as complicações orgânicas.

Farmacologia

A abordagem farmacológica inclui diversas classes de medicamentos:

  • Corticosteroides: Agentes anti-inflamatórios e imunossupressores potentes.
  • Imunossupressores:
    • Ciclofosfamida: Pode ser útil em casos de envolvimento renal grave (1).
  • Antimaláricos:
    • Plaquenil (hidroxicloroquina): É um fármaco antimalárico que demonstra eficácia no clareamento de lesões de pele em alguns indivíduos com LES (1).
  • Rituximab: É um medicamento de quimioterapia que atua provocando a depleção das células B imunológicas. A redução dessas células auxilia na promoção da remissão, ao mesmo tempo em que mantém os níveis normais de IgM e IgG (1).

Terapia Nutricional

Não há diretrizes dietéticas específicas universais para o manejo do LES (1). As prioridades da terapia nutricional concentram-se em:

  • Abordar as sequelas da doença nas funções orgânicas.
  • Manejar os efeitos farmacológicos dos medicamentos (especialmente esteroides) sobre o metabolismo dos nutrientes e a função dos órgãos (1).
  • As necessidades de proteínas, líquidos e sódio podem ser alteradas devido à função renal comprometida e aos efeitos colaterais induzidos pelos corticosteroides (1).
  • Os requisitos de energia precisam ser ajustados ao peso seco do indivíduo (1).

Referências Bibliográficas

  1. Mahan, L. K.; Escott-Stump, S.; Raymond, J. L. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 1227 p.

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