Metilfenidato (Ritalina): Mecanismos de Ação e Aplicações Clínicas


Metilfenidato (Ritalina): Mecanismos de Ação e Aplicações Clínicas


Introdução

O metilfenidato, comercialmente conhecido como Ritalina, é um estimulante do sistema nervoso central amplamente utilizado no tratamento de condições como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Seu perfil farmacológico único, que difere das anfetaminas em certos aspectos, confere-lhe efeitos terapêuticos e um metabolismo característico.


Efeito no Organismo: Mecanismo de Ação

O metilfenidato é um fármaco estimulante do Sistema Nervoso Central (SNC) que atua principalmente inibindo os transportadores de norepinefrina (NET) e os transportadores de dopamina (DAT) na membrana plasmática neuronal (1). No entanto, diferentemente das anfetaminas, o metilfenidato não facilita a liberação de norepinefrina (NE) e dopamina (DA). Em vez disso, ele promove uma elevação profunda e sustentada dos níveis extracelulares de NE e DA (1).


Indicações Clínicas

O metilfenidato é classicamente indicado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (1). Além disso, tem sido observado que ele possui efeitos na intensificação da cognição, demonstrando a capacidade de melhorar a consolidação da memória de longo prazo (1).


Metabolismo

O metilfenidato é absorvido no intestino, mas sofre um significativo metabolismo de primeira passagem, resultando em apenas 20% da dose alcançando a circulação sistêmica (1). Sua absorção é relativamente lenta, ocorrendo em aproximadamente 2 horas, o que limita a intensidade de qualquer resposta eufórica ao tratamento (1). Adicionalmente, o fármaco apresenta uma meia-vida de 2 a 4 horas (1).


Referências Bibliográficas

  1. RITTER, J. M. et al. Rang & Dale Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 789 p.