Miostatina: Regulador Negativo do Crescimento Muscular e Implicações Terapêuticas
Introdução
A miostatina é uma proteína essencial na regulação do desenvolvimento da musculatura esquelética. Sua função de modulação negativa no crescimento muscular tem despertado grande interesse na pesquisa biomédica, especialmente no desenvolvimento de terapias para condições que cursam com perda de massa muscular.
Papel Fisiológico da Miostatina
A miostatina desempenha um papel crucial no crescimento da musculatura esquelética (1). Sua função é modular negativamente a proliferação das células satélites musculares e inibir a diferenciação das células musculares (1). Esse controle negativo é vital para manter a homeostase e o tamanho adequado dos músculos.
Implicações da Inibição da Miostatina
Estudos realizados em animais transgênicos demonstram que a inibição da miostatina resulta em hipertrofia (aumento do tamanho das células musculares) e hiperplasia muscular (aumento do número de células musculares), além de uma supressão parcial do acúmulo de gordura (1). Essas descobertas têm impulsionado a indústria farmacêutica a desenvolver medicamentos baseados na inibição da miostatina, visando o tratamento de doenças que cursam com diminuição ou perda de massa muscular (1).
Apesar de tais substâncias ainda estarem em fase de estudo clínico, a Agência Mundial Antidoping (WADA) já se antecipou, classificando-as como substâncias proibidas devido ao seu potencial de aprimoramento de desempenho atlético (1).
Referências Bibliográficas
- LANCHA JR., A. H.; ROGERI, P. S.; PEREIRA-LANCHA, L. O. Suplementação Nutricional no Esporte. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 266 p.