Pimpinella anisum: Propriedades Terapêuticas e Aplicações Clínicas


Pimpinella anisum: Propriedades Terapêuticas e Aplicações Clínicas


Introdução

A Pimpinella anisum, conhecida popularmente como erva-doce ou anis, é uma planta com longa história de uso na medicina tradicional, valorizada por suas propriedades que beneficiam principalmente o sistema gastrointestinal. Este artigo detalha as indicações, os compostos bioativos e os mecanismos de ação que sustentam o emprego terapêutico do anis.


Aspectos Botânicos e Farmacognósticos

Nome Científico

Pimpinella anisum

Nomes Populares

Erva-doce, Anis.

Partes Utilizadas

Sementes, folhas e frutos.


Principais Compostos Bioativos

Os principais componentes químicos identificados na Pimpinella anisum incluem:

  • Estragol
  • Anethol
  • Eugenol
  • Anisaldeído
  • Metilcavicol
  • Cumarinas
  • Terpenos

Indicações Clínicas

Função Gastrointestinal

A erva-doce é tradicionalmente empregada para promover a digestão, melhorar o apetite, aliviar náuseas e cólicas, e reduzir a flatulência (1).

Gastrite e Proteção da Mucosa Gástrica

Estudos em modelos animais demonstraram um efeito significativo do anis na proteção da mucosa estomacal contra úlceras gástricas (1). Esse achado sugere que o efeito antiulcerogênico do chá de anis pode estar associado a atividades citoprotetoras (1). O mecanismo proposto envolve a inibição da secreção gástrica, a estimulação da secreção de muco, o aumento da síntese endógena de prostaglandinas na mucosa e potenciais efeitos antioxidantes (1).

Considerando que uma das grandes limitações do uso de anti-inflamatórios não esteroides é o potencial de causar danos à mucosa gastrointestinal por diversos mecanismos, o uso do anis poderia oferecer uma abordagem preventiva (1).

Outras Indicações

Além das propriedades gastrointestinais, a Pimpinella anisum também é indicada para promover o sono e como diurético.


Referências Bibliográficas

  1. AL MOFLEH, I. A. et al. Aqueous suspension of anise “Pimpinella anisum” protects rats against chemically induced gastric ulcers. World J Gastroenterol, v. 13, n. 7, p. 1112–1118, 2007.

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