Proteína C-Reativa (PCR): Marcador de Inflamação e Risco Cardiovascular


Proteína C-Reativa (PCR): Marcador de Inflamação e Risco Cardiovascular


Introdução

A Proteína C-Reativa (PCR) é um importante biomarcador inflamatório de fase aguda, amplamente utilizado na prática clínica para avaliar a presença de processos inflamatórios e infecciosos. Além disso, a PCR é reconhecida como um preditor independente de eventos cardiovasculares adversos.


Significado Clínico da PCR

A PCR é considerada uma das principais proteínas de fase aguda de processos inflamatórios (1). Sua concentração sérica aumenta rapidamente em resposta à inflamação e infecção, tornando-a um indicador sensível de atividade inflamatória.

Mais recentemente, a PCR de alta sensibilidade (PCR-us) tem sido amplamente empregada como um preditor independente de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico (1). A inflamação sistêmica de baixo grau, refletida por níveis cronicamente elevados de PCR, desempenha um papel crucial na aterogênese e na progressão das doenças cardiovasculares.


Valores de Referência e Classificação de Risco

Os valores de referência para a PCR, especialmente quando utilizada para avaliação de risco cardiovascular, são categorizados da seguinte forma (1):

  • <0,5 mg/dL: Considerado normal.
  • <1 mg/dL: Indica baixo risco para doenças cardiovasculares.
  • 1-3 mg/dL: Sugere risco moderado para doenças cardiovasculares.
  • >3 mg/dL: Representa risco elevado para doenças cardiovasculares.

Causas de Valores Elevados

Níveis elevados de PCR podem estar associados a diversas condições, refletindo a presença de inflamação ou dano tecidual (1):

  • Processos infecciosos
  • Processos inflamatórios (agudos ou crônicos)
  • Neoplasias

Referências Bibliográficas

  1. CALIXTO-LIMA, L.; REIS, N. T. Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2012. 490 p.