Pygeum africanum: Uma Abordagem Fitoterapêutica para a Hiperplasia Prostática Benigna


Pygeum africanum: Uma Abordagem Fitoterapêutica para a Hiperplasia Prostática Benigna


Introdução

Pygeum africanum, popularmente conhecido como Pygeum, é uma árvore cujas propriedades terapêuticas, especialmente no tratamento da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), têm sido amplamente investigadas. A casca desta planta contém compostos bioativos que atuam em diversos mecanismos fisiopatológicos da HPB.


Aspectos Botânicos e Comerciais

Nomenclatura e Parte Utilizada

O nome científico da planta é Pygeum africanum, e é popularmente referida como Pygeum. A casca é a parte da planta utilizada para a extração de seus compostos bioativos.

Produtos Disponíveis no Mercado

O Pygeum está disponível no mercado nas seguintes formas:

  • Extrato seco
  • Extrato seco padronizado em 25% de fitoesteróis

Indicações Clínicas e Mecanismo de Ação

Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

A principal indicação terapêutica do Pygeum africanum é para a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). Desde 1969, na França, o Pygeum tem sido empregado para aliviar os sintomas da HPB (1).

Estudos sugerem que o Pygeum promove uma melhora na histologia da próstata e no fluxo urinário (1). Além disso, suas propriedades antimutagênicas indicam um potencial na prevenção do câncer de próstata (1).

Os mecanismos de ação propostos para o Pygeum na HPB incluem:

  • Inativação de receptores androgênicos: Isso ocorre por meio da inibição da translocação nuclear (4).
  • Inibição de fatores de crescimento celular: Como os fatores de crescimento de fibroblastos e os fatores de crescimento epidérmicos, que contribuem para a proliferação celular na próstata (3).
  • Propriedades anti-inflamatórias: Contribui para a redução da inflamação prostática (4).

Posologia

As posologias recomendadas para o extrato da casca de Pygeum africanum são:

  • Extrato seco: 50-100 mg/dia.
  • Extrato seco padronizado em 25% de fitoesteróis: 100-200 mg/dia.

Referências Bibliográficas

  1. ANDRO, M. C.; RIFFAUD, J. P. Pygeum africanum extract for the treatment of patients with benign prostatic hyperplasia: A review of 25 years of published experience. Curr Ther Res, v. 56, n. 8, p. 796–817, ago. 1995. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/0011393X95850635.
  2. ISHANI, A. et al. Pygeum africanum for the treatment of patients with benign prostatic hyperplasia: a systematic review and quantitative meta-analysis. Am J Med, v. 109, n. 8, p. 654–664, dez. 2000. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0002934300006045.
  3. LAWSON, R. K. Role of growth factors in benign prostatic hyperplasia. Eur Urol., v. 32, n. SUPPL. 1, p. 22–27, 1997.
  4. PAUBERT-BRAQUET, M. et al. Effect of Pygeum africanum extract on A23187-stimulated production of lipoxygenase metabolites from human polymorphonuclear cells. J Lipid Mediat Cell Signal, v. 9, n. 3, p. 285–290, maio 1994. PMID: 7921787.

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