Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): Fisiopatologia, Diagnóstico e Manejo
Introdução ao DRGE
A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) engloba um conjunto de distúrbios causados pelo refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago (7). Embora o refluxo de conteúdo gástrico para o esôfago seja um evento fisiológico normal que ocorre diariamente em indivíduos saudáveis (3), na DRGE, esses episódios sobrecarregam os mecanismos de proteção do esôfago, resultando em sintomas como azia, queimação e/ou inflamação com erosão do revestimento esofágico, que pode irradiar para as costas, ombros e garganta (3).
Fisiopatologia da DRGE
Atualmente, três mecanismos principais são descritos para o refluxo:
- Relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior (EEI): É um reflexo vagal estimulado pela distensão do estômago e é responsável por 90% do refluxo em pessoas sem hérnia de hiato (7).
- Hipotensão do EEI: Diminuição da pressão do esfíncter esofágico inferior (7).
- Distorção da anatomia da junção esofagogástrica: Como na hérnia hiatal (7).
O retorno do material ácido, juntamente com pequenas quantidades de pepsina, causa lesão da mucosa do esôfago, levando à hiperemia, inflamação, edema e erosão, que podem resultar em esofagite (6).
Mecanismos Adicionais que Contribuem para a DRGE:
- Peristalse anormal: Idealmente, após o refluxo, a peristalse normal do organismo retornaria o líquido ácido para o estômago, e a saliva deglutida realizaria a neutralização ácida através do bicarbonato (7). No entanto, quando há peristalse anormal e/ou salivação reduzida, o processo de neutralização e proteção do esôfago pode ser prejudicado (7).
- Hipersecreção ácida: Atualmente, sabe-se que o suco gástrico é deletério ao epitélio do esôfago. Contudo, a hipersecreção do ácido geralmente não é o fator predominante na patogênese da esofagite (7).
- Esfíncter inferior incompetente: Contribui para o refluxo (3).
- Efeitos irritantes do material do refluxo: O próprio conteúdo refluído causa irritação (3).
- Diminuição da motilidade gástrica: Retarda o esvaziamento do estômago (3).
- Defesa tecidual do esôfago inadequada: A mucosa esofágica pode não ter a capacidade de proteção suficiente (3).
- Aumento da pressão intra-abdominal: Fator que pode empurrar o conteúdo gástrico para o esôfago (3).
- Redução da salivação: Prejudica a neutralização ácida (2).
- Mastigação inadequada: Se a quebra do alimento na boca não for realizada corretamente, as enzimas digestivas não conseguirão atuar de forma eficiente (2).
- Consumo de líquidos junto às refeições: Pode diluir a concentração de HCl no estômago, alterando as enzimas gástricas e o pH, levando à fermentação do alimento, acúmulo de gases e refluxo (2). Além disso, aumenta o volume total ingerido, facilitando o refluxo (6).
- Estresse psicológico e privação de sono: Podem piorar os sintomas ao aumentar a sensibilidade à dor (1).
- Consumo excessivo de cafeína, açúcar e álcool: Agentes irritantes que podem agravar a condição (2).
- Uso de análogos de GLP-1 (ex: liraglutida ou semaglutida): Podem causar esvaziamento gástrico retardado, e o uso crônico pode induzir o refluxo.
Fatores de Risco
Diversos fatores podem agravar o refluxo:
- Idade: O avanço da idade aumenta os problemas de motilidade esofágica.
- Sexo: Mulheres possuem maior prevalência.
- Gestantes (7).
- Genética.
- Maus hábitos de vida: Consumo de álcool e cigarro (1).
- Obesidade: Principalmente com excesso de gordura abdominal (7). Estudos demonstram que sobrepeso e obesidade estão relacionados com o refluxo (4). Evidências mostram que o sobrepeso aumenta o risco de sintomas de refluxo em 1,2-3 vezes (4). A prevalência dos sintomas é associada ao IMC:
- IMC abaixo de 25: 23% de apresentar sintomas (4).
- IMC entre 25 e 30: 25% de desenvolver sintomas (4).
- IMC acima de 30: 50% de chance de desenvolver sintomas (4). As complicações da DRGE são mais frequentes em obesos (4). O mecanismo proposto é o aumento da pressão abdominal gerado pelo aumento do IMC e da circunferência da cintura (4). Indivíduos obesos também podem apresentar hiposalivação, comprometendo um mecanismo antirreflexo (4). A obesidade é um fator independente para hérnia de hiato, com prevalência de até 40%, e a hérnia pode comprometer a maioria dos mecanismos antirreflexo (4).
- H. Pylori.
- AINES / Corticoides: Reduzem o muco do trato gastrointestinal devido ao seu efeito anti-inflamatório (3).
- Hérnia Hiatal: Protrusão de uma porção do estômago para dentro do tórax, alterando a anatomia esofagogástrica e apresentando forte associação com a esofagite no adulto (3, 6).
- Hipersecreção gástrica (7).
- Esvaziamento gástrico retardado (7).
- Supressão da peristalse esofágica e glutonaria (7).
Sinais e Sintomas
Os sintomas clássicos da DRGE incluem:
- Queimação (1)
- Regurgitação ácida (1)
- Disfagia (dificuldade para engolir) (1)
- Dor no peito (1) – Importante sempre avaliar problemas cardiovasculares (7).
- Mudança na voz (1)
- Asma (1)
- Náuseas (1)
- Tosse (1)
É importante notar que a frequência e a gravidade da pirose percebida não se correlacionam com a presença e/ou gravidade da esofagite (7). A hipersensibilidade e a dor funcional são consideradas cofatores desses sintomas (7).
Podem existir síndromes extraesofágicas comprovadamente associadas à DRGE, como tosse crônica, laringite, asma e erosões dentárias (7). Outras condições também associadas à DRGE incluem apneia do sono, arritmia cardíaca e fibrose pulmonar (7).
Geralmente, os sintomas do refluxo aparecem entre 30 e 60 minutos após a ingestão de alimentos, sendo mais comuns durante a noite, especialmente quando o paciente se deita logo após comer.
Prevalência
Pesquisas indicam que 15 a 20% dos adultos apresentam um episódio de queimação ou regurgitação durante uma semana (6). Nos EUA, 10-15% dos adultos apresentam essa condição (7).
Caracterização e Complicações
O subgrupo mais bem definido são aqueles com esofagite, embora representem a minoria dos casos (7). A esofagite ocorre quando o ácido gástrico e a pepsina refluídos causam necrose da mucosa esofágica, resultando em erosões e úlceras (7).
As complicações da DRGE estão relacionadas à esofagite crônica (sangramento e estenose) e à sua possível evolução para adenocarcinoma de esôfago (7). A estenose ocorre devido à formação de tecido cicatricial e edema, gerando alterações morfológicas como a diminuição do lúmen do esôfago (7). No entanto, a consequência histológica mais grave é a metaplasia de Barrett, associada ao carcinoma e que, apesar da supressão ácida por medicamentos, ainda tem sua prevalência aumentada (7). Após o desenvolvimento do esôfago de Barrett, não há evidências de que a supressão ácida ou cirurgias antirrefluxo resultem em regressão ou impeçam o desenvolvimento do adenocarcinoma (7).
Controle do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI):
Os sistemas nervoso e humoral são responsáveis pela pressão do EEI (6). A gastrina (fase gástrica da digestão) aumenta a pressão, enquanto a colecistoquinina (CCK) e a secretina (fase intestinal da digestão) a diminuem (6). Substâncias como cafeína, teobromina, xantinas e álcool estão relacionadas à diminuição da pressão e, por isso, parecem contribuir para o refluxo (6).
DRGE em Crianças
Em crianças, o refluxo pode ser decorrente da imaturidade do EEI, que geralmente se resolve até o segundo ano de vida (6). Nelas, a broncopneumonia é uma consequência comum da aspiração do conteúdo refluído (6). Medidas posturais na amamentação são importantes, sendo indicada a elevação da cabeceira do berço, e o uso de suspensórios pode ser recomendado para garantir que a criança permaneça em posição supina (6). Em casos de crianças com refluxo, o aleitamento materno deve ser mantido sempre que possível. No caso da utilização de fórmulas, existem fórmulas específicas para a prevenção do refluxo (6).
Diagnóstico da DRGE
O diagnóstico da DRGE é principalmente baseado nos sintomas. Sintomas clássicos, como eructações ácidas e pirose subesternal, tendem a ser suficientes para um diagnóstico presuntivo (7).
Métodos Diagnósticos:
- Endoscopia: É um exame sensível para o diagnóstico de esofagite, mas pode não identificar os casos de doença por refluxo não erosiva (DRNE) (7). É indicada para pacientes com sintomas refratários ao tratamento de bloqueio da secreção ácida, para indivíduos com sinais de alarme (disfagia, emagrecimento, hemorragia digestiva) e para pacientes com dispepsia recidivante que não possa ser claramente atribuída ao refluxo com base apenas nos sinais clínicos (7). A endoscopia também deve ser considerada em pacientes com DRGE de longa duração (mais de 10 anos) devido ao risco de desenvolvimento do esôfago de Barrett (7).
- Outros Meios Diagnósticos: Biópsia, estudo radiológico com bário, sonda intranasal, impedanciometria, imagem da banda estreita e pepsina salivar (elevação da pepsina pode significar alterações adaptativas).
Diagnóstico Diferencial:
É importante diferenciar os sintomas da DRGE de outras causas, como esofagite (infecciosa, farmacogênica ou eosinofílica), doença ulcerosa péptica, dispepsia, cólica biliar, doença arterial coronariana e distúrbios de motilidade esofágica, entre outras (7). A biópsia da mucosa pode auxiliar na investigação de inflamação infecciosa ou eosinofílica (7).
Tratamento da DRGE
O objetivo do tratamento é diminuir o contato da secreção ácida do estômago com o esôfago. Nesse sentido, as mudanças no estilo de vida são muito úteis, com três “mudanças” essenciais (7):
- Diminuição do consumo de alimentos que alteram a pressão do Esfíncter Esofágico Inferior (EEI).
- Diminuição do consumo de alimentos ácidos, que tendem a irritar a mucosa.
- Alteração de comportamentos que influenciam o refluxo.
Além disso, a redução do peso e o uso de inibidores da secreção ácida são as principais recomendações (7). O tratamento médico primário do refluxo é a supressão da secreção ácida (3), com o objetivo de elevar o pH gástrico acima de 4 durante os períodos de maior probabilidade de refluxo (3). Tem-se discutido na literatura se cirurgias bariátricas em obesos poderiam ser consideradas um tratamento para a DRGE (4).
Tratamento Médico Farmacológico
A abordagem farmacológica principal são os inibidores da secreção ácida. É importante ressaltar que a redução farmacológica da acidez não impede o refluxo, apenas atenua os sintomas e possibilita a cicatrização da esofagite (7). Os inibidores da bomba de prótons (IBP/PPI) são os mais eficazes, seguidos pelos antagonistas do receptor H2 de histamina (AR2H), sendo ambos superiores ao placebo (7).
- Inibidores da Bomba de Prótons (IBP/PPI – “Prazóis”):
- São a terapia mais utilizada atualmente (1).
- Não há diferença observada nos resultados entre os diferentes IBPs, e o aumento da dosagem traz apenas um efeito modesto (7).
- São extremamente seguros no curto prazo, mas apresentam efeitos colaterais importantes no longo prazo (1).
- Diversas metanálises já demonstraram seus benefícios no tratamento do refluxo, embora seus efeitos colaterais sejam atualmente considerados (5).
- Efeitos colaterais:
- Menor conversão do ferro férrico (Fe³⁺) para o ferro ferroso (Fe²⁺), diminuindo a biodisponibilidade do ferro e sua absorção. Em atletas, essa deficiência pode induzir queda no desempenho.
- O aumento do pH gástrico dificulta a ativação do pepsinogênio e da pepsina, dificultando a quebra de proteínas e diminuindo a quantidade de vitamina B12 livre, podendo causar deficiência entre 1 e 2 anos após o início do tratamento (7).
- Pode ocorrer disbiose intestinal devido à colonização do intestino por bactérias estomacais (anteriormente controladas pelo HCl), com maior risco de colonização por Clostridium difficile (1, 7).
- Pode ocorrer hipersecreção ácida de rebote: ao cessar o tratamento, há um aumento na produção de ácido (com valores maiores que os do pré-tratamento) devido à hipertrofia das células G e aos níveis aumentados de gastrinas, responsáveis pela secreção de HCl.
- Aumento no risco de doença renal crônica, demência e osteoporose (1).
- Aumento no risco de hipomagnesemia (1).
- Melatonina: Fortalece a barreira da mucosa gástrica e esofágica contra agentes endógenos e exógenos (1). Doses de 100 mcg a 1 mg podem ser úteis.
- Cirurgias: Utilizadas apenas como último recurso.
Terapia Nutricional e Mudanças de Estilo de Vida
- Refeições: Preferir refeições menos volumosas e mais espaçadas durante o dia. Evitar a prática de atividades vigorosas após comer. Não se deitar por aproximadamente 3 horas após as refeições (1, 6).
- Alimentos a serem evitados/ consumidos com moderação:
- Alimentos que afetam o EEI: Cafeína, gordura, álcool e fumo.
- Alimentos ácidos: Sucos de frutas cítricas, tomates e refrigerantes causam dor quando o esôfago já está inflamado e devem ser evitados (1, 3). Líquidos ácidos requerem maior número de deglutições com volume menor e menor tempo de ingestão, o que pode piorar os sintomas (1).
- Alimentos gordurosos: Associados a maior risco de doenças erosivas (1). Retardam o esvaziamento gástrico, prolongam a secreção de ácido (1, 3) e diminuem a pressão do EEI (1, 6). A gordura estimula a secreção de CCK, que está associada à diminuição da pressão do esfíncter esofágico (6). A restrição de gorduras é recomendada.
- Bebidas gasosas: Diminuem o pH do esôfago, aumentam a secreção ácida, geram distensão gástrica e refluxo ácido (1). O consumo de bebidas gaseificadas foi associado à queimação noturna em estudos longitudinais (1).
- Álcool: Exacerba os sintomas devido à diminuição da pressão do EEI, aumento da secreção ácida (estimulação da gastrina), diminuição da motilidade esofágica e retardo do esvaziamento gástrico (1, 6). A abstinência alcoólica é recomendada.
- Cafeína: Associada à diminuição da pressão do EEI e ao aumento da secreção ácida (1, 6).
- Cigarro: Diminui a pressão do EEI, piorando os sintomas, além de seus efeitos oxidativos e inflamatórios (1). Também associado à dismotilidade esofágica (1).
- Carminativos (menta e hortelã): Podem diminuir a pressão do esfíncter esofágico, aumentando o refluxo (3).
- Jejum Intermitente: Não é indicado, pois a concentração da alimentação em um curto período aumenta consideravelmente o volume das refeições, o que pode agravar o refluxo.
- Líquidos junto às refeições: Evitar líquidos durante as refeições, pois podem diluir a concentração de HCl no estômago, alterando as enzimas gástricas (2) e aumentando o volume total ingerido, facilitando o refluxo (6).
- Emagrecimento: Em pacientes com perda de 5-10% do peso, houve melhora nos sintomas, na azia e na regurgitação (1). A obesidade tem forte relação com o refluxo, tanto pelo excesso de gordura (que prejudica a função do órgão) quanto pelo contexto alimentar mais inflamatório e o aumento da pressão intragástrica (4). O emagrecimento é mais eficaz quando atingido com dieta baixa em gordura, rica em fibras e com déficit calórico (1).
- Fibras: As fibras podem se ligar ao óxido nítrico, reduzindo as eructações, diminuindo o relaxamento do esfíncter e a acidez estomacal (1). Além disso, ajustam a motilidade intestinal, reduzindo sintomas relacionados ao refluxo (1). A suplementação em pessoas com baixo consumo de fibras foi eficaz, podendo-se incluir 15 g/dia de psyllium.
- Curcumina: Por seus efeitos anti-inflamatórios, a curcumina pode reduzir a resposta inflamatória no esôfago diante da exposição ao ácido estomacal. Doses de 500 mg/dia por 7 dias podem gerar efeitos comparáveis aos “prazóis” (1).
- Gengibre: Considerado um agente gastroprotetor. Pode diminuir a pressão sobre o esfíncter inferior, reduzir a velocidade de contração esofágica e promover um esvaziamento gástrico mais eficaz (1). Doses de 500-1000 mg/kg/dia de extrato ou óleo foram eficazes.
- Probióticos: Podem acelerar o esvaziamento gástrico e exercer efeitos no peristaltismo esofágico (1).
- Aloe Vera: O xarope de Aloe Vera possui alta capacidade antioxidante e anti-inflamatória (1). 10 mL/dia de xarope mostrou benefícios no refluxo (1). Nota: Não exceder 30 mL/dia, pois doses maiores podem apresentar efeitos laxativos e tóxicos (1).
- Goma de Mascar: Aumenta as secreções salivares, o que ajuda a elevar o pH do esôfago, mas não há estudos comprovando sua eficácia em comparação com outras mudanças no estilo de vida (3).
- Mastigação: Avaliar a mastigação é importante, pois a principal quebra do alimento ocorre na boca. Se não for realizada corretamente, as enzimas digestivas não conseguirão atuar adequadamente (2).
- Sono: A má qualidade do sono está associada a hábitos alimentares não saudáveis, que pioram os sintomas do refluxo (1). É recomendado elevar a cabeceira da cama em 15 cm. Dormir sobre o lado esquerdo do corpo é sugerido, evitando a posição de decúbito direito, que foi associada a maior possibilidade de refluxo devido à posição do esfíncter esofágico (1).
- Exercício Físico: A prática regular de exercícios é benéfica no tratamento do refluxo (1). Sugere-se que há um fortalecimento da musculatura do diafragma, levando a um fortalecimento da barreira antirreflexo (1).
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