Regulação Hormonal do Sistema Reprodutor Masculino


Regulação Hormonal do Sistema Reprodutor Masculino


Introdução

A regulação hormonal do sistema reprodutor masculino é um processo complexo e coordenado que envolve o hipotálamo, a adeno-hipófise e as gônadas. Esses órgãos trabalham em conjunto para controlar a maturação sexual, a gametogênese e o desenvolvimento das características sexuais secundárias.


Eixo Hipotalâmico-Hipofisário-Gonadal e a Puberdade

Durante a puberdade, o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) é secretado pelo hipotálamo. Essa liberação estimula a adeno-hipófise a liberar o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). Esses hormônios são cruciais para o controle da maturação sexual e da gametogênese (1). A secreção de GnRH, embora pulsátil no homem, não apresenta o caráter cíclico observado em mulheres (1).

O hormônio antimülleriano (AMH) é uma glicoproteína fundamental para o desenvolvimento sexual fetal. No feto masculino, o AMH é ativado em um momento específico, desempenhando um papel crucial na inibição do desenvolvimento do trato reprodutivo feminino (1).


Controle Hormonal do Sistema Reprodutor Masculino

O sistema hormonal masculino é finamente regulado por hormônios provenientes do hipotálamo, da adeno-hipófise e das gônadas (1).

Ação do FSH

O FSH é essencial para a integridade dos túbulos seminíferos. Após a puberdade, sua ação nas células de Sertoli é de suma importância para a gametogênese. As células de Sertoli são responsáveis pelo suporte e nutrição dos espermatozoides em desenvolvimento (1).

Ação do LH e Testosterona

O LH, também conhecido como hormônio estimulante das células intersticiais (ICSH), atua diretamente nas células intersticiais, ou células de Leydig, estimulando a secreção de andrógenos, em particular a testosterona (1). Embora a secreção de testosterona seja primariamente regulada pelo LH, o FSH também exerce um papel relevante, possivelmente pela liberação de um fator semelhante ao GnRH pelas células de Sertoli (1).

A secreção de LH tem início na puberdade, resultando na subsequente liberação de testosterona. Este evento hormonal desencadeia a maturação dos órgãos reprodutores e o desenvolvimento das características sexuais secundárias (1). Posteriormente, a testosterona mantém a espermatogênese, garantindo a fertilidade.

Outro efeito significativo da testosterona é sua retroalimentação negativa na adeno-hipófise, modulando sua sensibilidade ao GnRH e, consequentemente, influenciando a liberação de LH (1). Adicionalmente, a testosterona demonstra efeitos anabólicos pronunciados, promovendo o desenvolvimento muscular e o aumento do crescimento ósseo, culminando no estirão de crescimento puberal, seguido pelo fechamento das epífises dos ossos longos (1).


Referências Bibliográficas

  1. RITTER, J. M. et al. Rang & Dale Farmacologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. 789 p.

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