Efeitos Neurocognitivos da Salvia officinalis
Introdução
A Salvia officinalis, comumente conhecida como sálvia, é uma planta de notável importância na fitoterapia, amplamente estudada por suas propriedades que influenciam a função cerebral. Esta revisão aborda as evidências científicas que sustentam o uso da sálvia no aprimoramento da memória e no manejo de condições neurodegenerativas.
Nomenclatura e Composição
A Salvia officinalis, também designada por nomes populares como sálvia, chá da frança e chá-da-grecia, tem suas partes aéreas como as utilizadas para fins medicinais (1).
Os compostos bioativos presentes na Salvia officinalis incluem:
- Taninos condensados do tipo catequina (3-8%) (1).
- Ácidos fenólicos: rosmarínico, clorogênico, ferúlico e gálico (1).
- Flavonoides (1).
- Óleo essencial (1,5-2,8%), composto por tujona, cânfora, cineol, humuleno, alpha-pineno e linalol (1).
- Diterpenoides amargos: carnosol, ácido carnósico e rosmanol (1).
- Ácidos triterpenoídicos: oleanólico e ursólico (1).
- Mucilagem (1).
- Resina (1).
Indicação Principal: Memória e Função Cognitiva
Estudos com extratos de sálvia revelaram atividades promissoras na função cerebral, especialmente no contexto do envelhecimento e no tratamento de transtorno cognitivo leve e doença de Alzheimer (1).
Pesquisas recentes corroboram o uso da planta como um reforço na memória em idosos, confirmando sua ação no sistema colinérgico e sua relevância na doença de Alzheimer (1). Acredita-se que as propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes da S. officinalis exerçam seus efeitos no Sistema Nervoso Central através da inibição da colinesterase (1).
Posologia
A posologia recomendada para Salvia officinalis varia conforme a apresentação (1):
- Planta seca: 1 a 3 g ao dia, divididos em 3 doses.
- Infusão: 1 a 3 g por xícara, 3 vezes ao dia.
- Extrato seco (5:1): 180 a 360 mg, 3 vezes ao dia.
- Extrato fluido (1:1): 1 a 3 mL, 3 vezes ao dia.
- Tintura (1:10, etanol 70%): 5 a 25 mL ao dia.
- Óleo essencial: 0,1 a 0,3 mL.
Contraindicações e Toxicidade
A utilização de Salvia officinalis é contraindicada para (1):
- Gestantes.
- Lactantes.
- Indivíduos menores de 18 anos, devido à insuficiência de estudos nessa faixa etária.
É importante notar que doses elevadas podem ocasionar efeitos adversos como taquicardia, vertigem e convulsões (1).
Referências Bibliográficas
- SAAD, G. de A.; LÉDA, P. H. de O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. Fitoterapia Contemporânea – Tradição e Ciência na prática Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 441 p.