Síndrome de Mallory-Weiss: Fisiopatologia e Achados Laboratoriais


Síndrome de Mallory-Weiss: Fisiopatologia e Achados Laboratoriais


Introdução

A síndrome de Mallory-Weiss é uma condição caracterizada por lacerações na junção gastroesofágica, comumente associadas a episódios de vômitos intensos. Embora sua apresentação clínica principal seja a hemorragia digestiva alta, a compreensão da sua fisiopatologia é crucial para o diagnóstico e manejo adequados.


Fisiopatologia

A síndrome de Mallory-Weiss é caracterizada por lacerações cardioesofágicas espontâneas, que são habitualmente desencadeadas por ânsia de vômito excessiva (1). Essas lacerações ocorrem na mucosa ou submucosa da junção entre o esôfago e o estômago. Acredita-se que o aumento súbito da pressão intra-abdominal, associado aos esforços de vômito ou tosse intensa, leve ao estiramento e ruptura do tecido nessas regiões mais vulneráveis.


Achados Laboratoriais

Os achados laboratoriais na síndrome de Mallory-Weiss são uma consequência direta da hemorragia resultante das lacerações (1). Dependendo da gravidade e duração do sangramento, os exames podem revelar:

  • Anemia: Refletida pela diminuição dos níveis de hemoglobina e hematócrito.
  • Perda de volume intravascular: Em casos de hemorragia significativa, pode haver sinais de choque hipovolêmico, com aumento da ureia e creatinina (indicativo de pré-insuficiência renal), e desequilíbrio eletrolítico.
  • Exames de coagulação: Podem ser alterados se houver coagulopatias preexistentes que contribuam para a gravidade do sangramento ou se o consumo de fatores de coagulação for significativo.

Referências Bibliográficas

  1. WILLIMSON, M. A.; SNYDER, L. M. Wallach – Interpretação de Exames Laboratoriais. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 1225 p.