Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM): Fisiopatologia, Diagnóstico e Abordagens Terapêuticas


Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM): Fisiopatologia, Diagnóstico e Abordagens Terapêuticas


Introdução

A Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM) é uma condição musculoesquelética crônica que afeta um número significativo de indivíduos. Caracterizada por dor e rigidez, a SDM é distinta por seus pontos gatilho miofasciais e, apesar da complexidade diagnóstica, conta com abordagens terapêuticas que visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


Fisiopatologia

A Síndrome Dolorosa Miofascial é uma desordem não inflamatória de origem musculoesquelética (1). Caracteriza-se por dor e rigidez, e, principalmente, pela presença de nódulos palpáveis super irritáveis nas fibras musculares, denominados Pontos Gatilho Miofasciais (MTrPs – Myofascial Trigger Points) (1).

Esses MTrPs são os principais responsáveis pelos sintomas da síndrome. São descritos como pontos sensíveis nos músculos, especialmente quando as fibras são esticadas (1). Fatores como traumas, sobrecarga muscular, estresse psicológico e patologias sistêmicas podem levar ao desenvolvimento desses nódulos, com gatilhos que podem se tornar latentes (1).

As dores associadas à SDM, que podem ser musculares, viscerais ou de outras naturezas, tendem a não ser bem localizadas (1). Podem ser acompanhadas por sensações de parestesia (formigamento) e disestesia (enfraquecimento ou perda de sensibilidade) (1).

Alterações Bioquímicas Associadas

A fisiopatologia da SDM também pode estar ligada a alterações bioquímicas, destacando-se as concentrações de:

  • Vitamina D (1).
  • Ferro (1).

Diagnóstico

Atualmente, não existe um consenso com critérios padronizados para a definição da SDM (1). Da mesma forma, não há nenhuma técnica capaz de confirmar o diagnóstico clinicamente (1). O diagnóstico da SDM é, portanto, realizado predominantemente através do exame físico e da história clínica detalhada do paciente (1).


Conduta Clínica

O tratamento da Síndrome Dolorosa Miofascial visa inativar os pontos gatilho da dor, restaurar o comprimento normal das fibras musculares e corrigir quaisquer fatores desencadeadores ou perpetuadores dos gatilhos de dor (1).

Tratamento Médico

O tratamento médico foca na inativação dos pontos gatilho e na restauração da função muscular (1).

Terapia Nutricional

A nutrição desempenha um papel importante na conduta clínica, especialmente na correção de deficiências que podem perpetuar a dor miofascial.

Nutrientes Importantes:

  • Vitamina D: A deficiência de vitamina D está associada ao perpetuamento da dor miofascial (1). A suplementação, quando indicada, pode ser parte do manejo.
  • Ferro: A deficiência de ferro também está associada ao perpetuamento da dor miofascial (1). A correção dos níveis de ferro é fundamental.

Farmacologia e Outros Tratamentos

Embora o texto não detalhe abordagens farmacológicas ou outros tratamentos, a inativação dos pontos gatilho pode envolver técnicas como agulhamento seco, injeções de anestésicos locais, ou terapias físicas.


Referências Bibliográficas

  1. SAXENA, A.; CHANSORIA, M.; TOMAR, G.; KUMAR, A. Myofascial pain syndrome: An overview. Journal of Pain & Palliative Care Pharmacotherapy, v. 29, n. 1, p. 16–21, 2015.

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