Otimização Terapêutica com Taraxacum officinale (Dente-de-Leão)

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Otimização Terapêutica com Taraxacum officinale (Dente-de-Leão)

Introdução

O Taraxacum officinale, popularmente conhecido como dente-de-leão, é uma planta com amplas aplicações terapêuticas, utilizando-se todas as suas partes para fins medicinais. Reconhecido por seus diversos compostos bioativos, o dente-de-leão oferece múltiplos benefícios à saúde, atuando como diurético, antioxidante, anti-inflamatório e prebiótico.

Componentes Bioativos e Efeitos no Organismo

As folhas de Taraxacum officinale são ricas em sesquiterpenos, saponinas, compostos fenólicos, flavonoides e fibras. Essa composição confere à planta atividade antioxidante e anti-inflamatória no trato gastrointestinal, além de um potencial na destoxificação hepática (1).

Os principais efeitos observados no organismo incluem:

  • Efeito Prebiótico (1)
  • Efeito Antioxidante (1)
  • Efeito Anti-inflamatório (1)
  • Efeito Diurético (1)

Ações Farmacológicas Específicas

Efeito Diurético

Estudos, como um de 1974, confirmaram que as folhas do dente-de-leão possuem um efeito diurético mais pronunciado, comparável ao da furosemida em ratos (4). Geralmente, o uso das folhas é recomendado para se obter essa ação diurética (3). Observou-se um aumento significativo na frequência urinária em um período de 5 horas após a primeira ingestão do extrato hidroetanólico das folhas (2). O mecanismo de ação diurética é atribuído à quantidade elevada de potássio presente na planta (3, 4). É importante ressaltar que seu uso prolongado não é indicado para atletas devido ao risco aumentado de desidratação (7).

Litíase Renal

Uma pesquisa identificou que o taraxasterol, um fitoquímico presente no dente-de-leão, é capaz de reduzir os depósitos de cristais de oxalato de cálcio, promover a excreção de pequenos depósitos renais e diminuir a probabilidade de retenção desses cristais no trato urinário (5). Isso sugere um potencial no tratamento e prevenção de litíase renal.

Efeito Prebiótico

Pesquisas demonstraram que as folhas de dente-de-leão, consumidas cruas ou como infusão, estimulam o crescimento de bactérias probióticas como Lactobacillus bulgaricus, Lactobacillus lactis, Lactobacillus reuteri e Bifidobacterium longum (1). Esse efeito prebiótico é atribuído às quantidades significativas de inulina presentes nas folhas da planta (1).

Formas de Apresentação e Posologia

O Taraxacum officinale está disponível no mercado como droga vegetal para infusão, decocção ou encapsulamento, e também na forma de tintura vegetal.

Posologia recomendada:

  • Infusão: 3-4g da planta em 150mL de água, administrado 3 vezes ao dia.
  • Tintura: 75 gotas em 100mL de água, administrado 3 vezes ao dia.

Referências Bibliográficas

  1. SILVA, S. M. C. S.; MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição & dietoterapia. 3. ed. São Paulo: Editora Pitaya, 2016. 1308 p.
  2. CLARE, B. A.; CONROY, R. S.; SPELMAN, K. The Diuretic Effect in Human Subjects of an Extract of Taraxacum officinale Folium over a Single Day. J Altern Complement Med, [s.l.], v. 15, n. 8, p. 929–934, ago. 2009. Disponível em: http://www.liebertpub.com/doi/10.1089/acm.2008.0152.
  3. HOOK, I.; MCGEE, A.; HENMAN, M. Evaluation of Dandelion for Diuretic Activity and Variation in Potassium Content. Int J Pharmacogn, [s.l.], v. 31, n. 1, p. 29–34, 27 jan. 1993. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/13880209309082914.
  4. RÂCZ–KOTILLA, E.; RÂCZ, G.; SOLOMON, A. THE ACTION OF TARAXACUM OFFICINALE EXTRACTS ON THE BODY WEIGHT AND DIURESIS OF LABORATORY ANIMALS. Planta Med, [s.l.], v. 26, n. 07, p. 212–217, 14 nov. 1974. Disponível em: http://www.thieme-connect.de/DOI/DOI?10.1055/s-0028-1099379.
  5. YOUSEFI GHALE-SALIMI, M. et al. Antiurolithiatic effect of the taraxasterol on ethylene glycol induced kidney calculi in male rats. Urolithiasis, [s.l.], v. 46, n. 5, p. 419–428, 30 out. 2018. Disponível em: http://link.springer.com/10.1007/s00240-017-1023-9.
  6. NIRUMAND, M. et al. Dietary Plants for the Prevention and Management of Kidney Stones: Preclinical and Clinical Evidence and Molecular Mechanisms. Int J Mol Sci, [s.l.], v. 19, n. 3, p. 765, 7 mar. 2018. Disponível em: http://www.mdpi.com/1422-0067/19/3/765.
  7. HIRSCHBRUCH, M. D. Nutrição esportiva – Uma visão prática. 3. ed. Barueri – SP: Manole, 2014. 496 p.
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