Feno-Grego (Trigonella foenum-graecum): Composição, Efeitos e Implicações Clínicas


Feno-Grego (Trigonella foenum-graecum): Composição, Efeitos e Implicações Clínicas


Introdução

O Feno-Grego (Trigonella foenum-graecum) é uma planta cujas sementes são amplamente utilizadas, tanto na culinária quanto na medicina tradicional. Reconhecido por sua rica composição química, o feno-grego tem sido investigado por seus potenciais benefícios à saúde, especialmente no manejo do diabetes e na modulação hormonal.


Nome Científico e Popular

  • Nome Científico: Trigonella foenum-graecum
  • Nome Popular: Feno-Grego

Parte Utilizada

A parte da planta utilizada para fins terapêuticos e nutricionais são as sementes.


Principais Compostos Bioativos

O Feno-Grego é rico em diversos compostos bioativos, incluindo:

  • Alcaloides (notavelmente a trigonelina)
  • Saponinas
  • Mucilagens
  • 4-Hidroxiisoleucina (4-OH-Ile)

Efeitos Fisiológicos no Organismo

Diabetes Mellitus

O Feno-Grego tem demonstrado potencial no manejo do diabetes. A 4-OH-Ile e a Diosgenina (uma saponina presente no feno-grego) atuam na restauração das células Beta do pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina (2).

Uma meta-análise encontrou melhorias significativas na glicemia de jejum com a utilização de feno-grego, tanto em cápsula quanto em pó. Os estudos analisados utilizaram uma média de 6g/dia por 60 dias, em média (2).

Modulação Hormonal (Testosterona)

O extrato de feno-grego demonstrou ser capaz de aumentar os níveis de testosterona. Esse efeito é atribuído à diminuição da atividade da enzima aromatase, que é responsável por metabolizar a testosterona em estradiol (1).


Suplementação Nutricional

No contexto do exercício, a suplementação de 500 mg de extrato de feno-grego foi capaz de melhorar as adaptações em treinos de resistência (1). No entanto, a literatura científica ainda carece de estudos suficientes para embasar sua prescrição generalizada nesse cenário (1).


Posologia

As informações fornecidas não especificam a posologia para o extrato seco padronizado ou para o pó. No entanto, a meta-análise mencionada sugere uma dose média de 6g/dia para efeitos na glicemia de jejum (2).


Referências Bibliográficas

  1. KERKSICK, C. M. et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: Research & recommendKerksick, C. M., Wilborn, C. D., Roberts, M. D., Smith-Ryan, A., Kleiner, S. M., Jäger, R., … Kreider, R. B. (2018). ISSN exercise & sports nutrition review update: Research & recommendat. J Int Soc Sports Nutr, v. 15, n. 1, p. 1–57, 2018.
  2. GONG, J. et al. Effect of fenugreek on hyperglycaemia and hyperlipidemia in diabetes and prediabetes: A meta-analysis. J Ethnopharmacol, v. 194, p. 260–8, 2016. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0378874116305232.

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