Vida Adulta Tardia: Perspectivas no Desenvolvimento Humano
Introdução
O fenômeno do envelhecimento populacional global é uma consequência direta da redução da fertilidade, aliada a avanços em diversas áreas, como crescimento econômico, melhorias na nutrição e nos estilos de vida, controle eficaz de doenças infecciosas, acesso expandido a saneamento básico e inovações na ciência, tecnologia e medicina (1). Este processo demográfico, embora um indicativo de progresso, acarreta complexas transformações físicas e biológicas que merecem análise aprofundada.
Classificações do Envelhecimento
Cientistas sociais especializados em gerontologia distinguem o envelhecimento em termos de processos e fases:
- Envelhecimento Primário: Caracterizado como um processo gradual e inevitável de deterioração física, que se inicia precocemente na vida e prossegue independentemente de intervenções preventivas. Essa visão concebe o envelhecimento como uma consequência intrínseca e inevitável da progressão da idade, governada por fatores biológicos (1).
- Envelhecimento Secundário: Resulta de doenças, hábitos prejudiciais e abusos, sendo fatores que, em grande parte, podem ser controlados. Este tipo de envelhecimento é predominantemente influenciado pelo ambiente e pelos traumas acumulados ao longo da vida (1).
Para fins de estudo e análise, os especialistas categorizam os adultos mais velhos em três grupos (1):
- “Idoso Jovem”: Abrange indivíduos entre 65 e 74 anos, geralmente caracterizados por serem ativos, vigorosos e animados.
- “Idoso Idoso”: Refere-se a pessoas com idade entre 75 e 84 anos.
- “Idoso Mais Velho”: Inclui indivíduos com 85 anos ou mais, que são mais suscetíveis a condições de fragilidade e doenças, apresentando frequentemente dificuldades na administração das atividades da vida diária (AVDs).
É importante notar que essas classificações etárias são construções sociais, análogas ao conceito de adolescência, e não representam marcos biológicos estritos (1).
Desenvolvimento Físico no Envelhecimento
Longevidade e Expectativa de Vida
A expectativa de vida refere-se à idade máxima que uma pessoa nascida em um determinado período e local provavelmente viverá, levando em conta sua idade atual e estado de saúde. Baseia-se na média de longevidade, ou seja, no tempo de vida dos membros de uma população (1). O tempo de vida mais longo documentado pertence a Jeanne Calment, uma francesa que faleceu aos 122 anos (1).
Tendências e Fatores na Expectativa de Vida
Diferenças de Gênero: Em quase todo o mundo, as mulheres vivem mais tempo e apresentam taxas de mortalidade mais baixas em todas as idades do que os homens (1). Essa maior longevidade feminina tem sido atribuída a diversos fatores, como uma maior propensão a buscar cuidados médicos e a cuidar de si próprias, um nível mais elevado de apoio social e a elevação de seu status socioeconômico nas últimas décadas (1). Além disso, os homens tendem a fumar e a beber mais, e estão mais expostos a toxinas perigosas (1).
Por que as Pessoas Envelhecem: Teorias Biológicas
À medida que envelhecemos, somos suscetíveis aos efeitos de diversas doenças ou condições crônicas. Esse processo é conhecido como senescência, o declínio no funcionamento físico associado ao envelhecimento (1). A maioria das teorias do envelhecimento biológico pode ser classificada em duas categorias principais: teorias de programação genética e teorias de taxas variáveis.
Teorias de Programação Genética | Teorias de Taxas Variáveis |
Teoria da Senescência Programada: O envelhecimento é resultado da ativação e desativação contínua de certos genes, sendo a senescência o ponto em que os déficits associados à idade se tornam evidentes (1). | Teoria do Desgaste Normal: Células e tecidos possuem partes vitais que se desgastam ao longo do tempo (1). |
Teoria Endócrina: Relógios biológicos atuam por meio de hormônios para controlar o ritmo do envelhecimento (1). | Teoria dos Radicais Livres: Danos acumulados por radicais de oxigênio causam disfunção celular e orgânica (1). |
Teoria Imunológica: Um declínio programado nas funções do sistema imunológico leva a uma crescente vulnerabilidade a doenças infecciosas, contribuindo para o envelhecimento e a morte (1). | Teoria da Taxa de Vida: Postula que quanto maior a taxa de metabolismo de um organismo, menor é seu tempo de vida (1). |
Teoria Evolucionista: O envelhecimento é um traço selecionado pela evolução; genes que promovem a reprodução em jovens são selecionados em taxas maiores do que genes que prolongam a vida, mesmo que os efeitos sejam prejudiciais mais tarde (1). | Teoria da Autoimunidade: O sistema imunológico torna-se confuso e ataca as próprias células corporais (1). |
Teorias de Programação Genética
As teorias de programação genética sugerem que o corpo envelhece de acordo com instruções inatas no código genético, e que o envelhecimento é uma parte normal do desenvolvimento (1). Estudos indicam que as influências genéticas sobre o envelhecimento parecem se fortalecer com o tempo, especialmente após os 60 anos (1). Com exceção de algumas disfunções genéticas raras, não existe um “gene do envelhecimento” (1).
O envelhecimento também pode ser influenciado pelo “desligamento” de genes específicos, após o qual ocorrem perdas relacionadas à idade (ex: declínios na visão, audição e controle motor) (1). Nesse sentido, observou-se que mudanças na alimentação e no estilo de vida podem alterar a expressão epigenética e desacelerar a taxa de declínio (1).
Outro processo relacionado ao envelhecimento envolve os telômeros, fragmentos repetitivos de DNA nas extremidades dos cromossomos (1). Alguns teóricos defendem que as células só podem se dividir um determinado número de vezes e que ficam sem telômeros após isso (1). Leonard Hayflick (1974) descobriu que células humanas se dividem em laboratório não mais do que 50 vezes, número hoje chamado de limite de Hayflick. Ele argumentou que as células passam pelo mesmo processo tanto no corpo quanto em cultura de laboratório. Após as células perderem a capacidade de se replicar, o corpo perde a capacidade de reparar tecidos danificados, iniciando assim o envelhecimento (1). Em apoio a essa teoria, pesquisas mostram que os telômeros ficam mais curtos com a idade e que a taxa de encurtamento telomérico está relacionada à taxa de envelhecimento (1). Telômeros mais curtos resultam em envelhecimento acelerado e risco de morte precoce, e estão associados a maior risco de câncer, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes, demência, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças da pele (1). A taxa de alterações no telômero é influenciada geneticamente e interage com influências ambientais de forma complexa ao longo do ciclo de vida. Fatores ambientais associados a doenças e mortalidade, como estresse, tabagismo, consumo de álcool e inatividade física, podem afetar a taxa de encurtamento telomérico (1).
Conforme a teoria endócrina, o relógio biológico atua por meio de genes que controlam as mudanças hormonais. A perda de força muscular, o acúmulo de gordura e a atrofia dos órgãos podem estar relacionados a declínios na atividade hormonal (1). Por exemplo, mutações em genes que codificam hormônios envolvidos na regulação do açúcar no sangue foram ligadas, em outras espécies, a maior ou menor longevidade, e é provável que tenham funcionamento semelhante em humanos. A teoria imunológica propõe um processo similar: certos genes podem causar problemas no sistema imunológico, resultando em maior suscetibilidade a doenças, infecções e câncer (1).
Segundo a teoria evolucionista do envelhecimento, a adequação reprodutiva é a principal meta da seleção natural. Assim, se um traço favorece a reprodução em jovens, ele se disseminará na população, mesmo que os efeitos sejam prejudiciais para o indivíduo mais tarde na vida (1).
Teorias de Taxas Variáveis
De acordo com as teorias de taxas variáveis, o envelhecimento é resultado de processos randômicos que variam de pessoa para pessoa (1). Elas também são chamadas de teorias dos erros, pois esse processo envolve danos resultantes de erros aleatórios ou agressões ambientais nos sistemas biológicos (1).
Uma dessas teorias, a teoria do desgaste normal, afirma que o corpo envelhece como resultado do acúmulo de danos ao sistema no nível molecular (1). Contudo, apesar da ideia se alinhar ao senso comum, não há um motivo fundamental para que os corpos não possam se regenerar continuamente, como fazem na juventude (1). Outra teoria, a teoria dos radicais livres, propõe que o envelhecimento é resultado da formação de radicais livres, um subproduto dos processos metabólicos (1). Embora potencialmente nocivos, os radicais livres também podem ter um papel de sinalização ao ajudar a regular os genes necessários para o crescimento e a diferenciação das células. No entanto, alguns pesquisadores defendem que seu papel no processo de envelhecimento tem sido exagerado (1).
Por Quanto Tempo a Vida Pode Ser Prolongada
A maioria das pessoas compreende que mais indivíduos chegam aos 40 do que aos 60, e mais chegam aos 60 do que aos 80. Em termos estatísticos, esse conceito é chamado de curva de sobrevivência (1). Essa curva representa a porcentagem de pessoas ou animais vivos em diversas idades. Para os seres humanos, a curva atual atinge um platô por volta dos 100 anos, indicando que pouquíssimas pessoas sobrevivem além desse marco (1).
Um fato interessante é que pessoas com 110 anos não têm maior probabilidade de morrer em um determinado ano do que aquelas com 80 anos (1). Em outras palavras, indivíduos suficientemente resistentes para alcançar uma idade muito avançada provavelmente viverão ainda mais (1). Ao examinar pessoas que atingem idades muito avançadas, a morbidade (estar em estado de doença) parece estar comprimida. Ou seja, essas pessoas chegam à velhice com relativa boa saúde. No entanto, quando começam a se deteriorar, o processo tende a ser bastante rápido (1).
Mudanças Físicas e Sistêmicas no Envelhecimento
Pele, Cabelo e Composição Corporal
A pele mais velha tende a se tornar mais pálida e menos elástica, e, à medida que a gordura e os músculos atrofiam, a pele fica enrugada. Varizes nas pernas são comuns (1). O cabelo fica mais fino, grisalho e depois branco, e os pelos do corpo se tornam mais ralos (1). Adultos mais velhos diminuem um pouco de tamanho devido à atrofia dos discos entre as vértebras da coluna. Além disso, as alterações na composição química óssea aumentam o risco de fraturas (1).
Mudanças Orgânicas e Sistêmicas
As mudanças no funcionamento orgânico e sistêmico são altamente variáveis, embora declínios típicos relacionados à idade ocorram na maioria das pessoas (1). Os pulmões, por exemplo, tornam-se menos eficazes devido a reduções de volume, atrofia dos músculos respiratórios e diminuição da eficácia dos cílios (estruturas semelhantes a pelos que removem muco e sujeira) (1).
Apesar dos declínios normativos relacionados à idade no funcionamento do sistema imunológico, o estresse pode exacerbar o processo, tornando os idosos mais suscetíveis a infecções respiratórias (1). A saúde cardíaca também é prejudicada: idosos são mais propensos a sofrer de arritmia (frequência cardíaca irregular), as paredes do músculo cardíaco podem se espessar e as válvulas que controlam o fluxo sanguíneo podem não se abrir completamente (1). O estresse crônico em adultos mais velhos também está relacionado à inflamação crônica de baixa intensidade, o que os torna mais vulneráveis a doenças (1). Problemas de deglutição, refluxo gástrico, indigestão, síndrome do intestino irritável, constipação e absorção reduzida de nutrientes tornam-se mais comuns com a idade (1).
A capacidade de reserva é uma capacidade extra que auxilia os organismos a funcionar em seus limites durante períodos de estresse (1). Com a idade, os níveis de reserva tendem a diminuir, e muitos idosos não conseguem responder às demandas físicas extras tão bem quanto antes (1).
O Envelhecimento do Cérebro
Com o envelhecimento, as pessoas experimentam declínios na capacidade cerebral de processar informações rapidamente, no funcionamento executivo e na memória episódica (1). No entanto, as mudanças no cérebro de pessoas saudáveis e normais são geralmente sutis e impactam pouco o funcionamento diário (1). Isso ocorre porque o cérebro mantém um nível significativo de plasticidade, podendo reorganizar circuitos neurais e compensar os efeitos do envelhecimento (1). Assim, os declínios observados no cérebro envelhecido não são tão graves (1).
Estudos de imagem revelaram conectividade funcional reduzida durante as tarefas. Contudo, essa situação é compensada pela maior ativação difusa, indicando que mais áreas do cérebro são utilizadas para completar as tarefas (1). Tem sido observado que algumas áreas cerebrais se tornam mais ativas com a idade para compensar (1). Adultos mais velhos utilizam suas vastas reservas de conhecimento para fortalecer estrategicamente suas capacidades de processamento reduzidas, o que lhes permite compensar com uma tomada de decisões mais lenta, embora muitas vezes melhor (1).
Na vida adulta tardia, o cérebro diminui gradualmente de volume e peso, especialmente nas regiões frontal e temporal (1). O hipocampo, sede da memória, também encolhe (1). Outra mudança característica é a diminuição na quantidade ou densidade do neurotransmissor dopamina devido à perda de sinapses (conexões neuronais). Os receptores de dopamina são importantes na regulação da atenção. Aos 50 anos, a bainha de mielina, que permite a rápida transmissão dos impulsos neuronais entre as regiões do cérebro, começa a diminuir (1).
Mas nem todas as mudanças no cérebro são destrutivas. Pesquisadores descobriram que cérebros mais velhos podem criar novas células nervosas a partir de células-tronco, algo antes considerado impossível (1). Evidências de divisão celular foram encontradas no hipocampo, uma região envolvida na aprendizagem e na memória (1). Parece provável que, em humanos, a atividade física combinada com desafios cognitivos possa promover o crescimento de novas células (1). Além disso, idosos que mantêm um senso de propósito no final da vida preservam um volume maior de substância cinzenta no córtex insular do que adultos sem essa orientação (1).
Funções Sensoriais e Psicomotoras no Envelhecimento
As diferenças individuais nas funções sensório-motoras aumentam com a idade (1).
Visão e Audição
Olhos mais velhos necessitam de mais luz para ver, são mais sensíveis ao brilho e podem ter dificuldades para localizar e ler sinais (1). Podem apresentar dificuldades com a percepção de profundidade ou de cor, ou com atividades diárias como ler, costurar, fazer compras e cozinhar (1). Perdas na sensibilidade de contraste visual podem ocasionar dificuldades na leitura de letras muito pequenas ou impressos muito claros (1). Pessoas com perdas visuais moderadas geralmente podem ser auxiliadas com lentes corretivas ou mudanças no ambiente (1). Mulheres têm probabilidade cerca de 33% maior de ter comprometimento visual do que os homens (1).
A catarata, uma área turva ou opaca no cristalino dos olhos, é comum e causa visão embaçada (1). A cirurgia de catarata é uma das operações mais comuns entre idosos e quase sempre é bem-sucedida. Está associada a uma redução de até 60% no risco de mortalidade (1). No entanto, a principal causa de comprometimento visual em idosos é a degeneração macular relacionada à idade. A mácula é um pequeno ponto no centro da retina que ajuda a manter os objetos na linha de visão em foco (1). Em alguns casos, tratamentos como suplementos de zinco e antioxidantes e medicamentos que bloqueiam o crescimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina podem evitar perdas futuras de visão, mas não1 revertem perdas já ocorridas (1). O glaucoma, um dano irreversível ao nervo óptico causado pelo aumento da pressão nos olhos, pode ser tratado com colírios, comprimidos ou cirurgia (1). O tratamento precoce pode reduzir a pressão ocular elevada e retardar a doença (1). O glaucoma é a maior causa de cegueira no mundo (1).
Força, Resistência, Equilíbrio e Tempo de Reação
Em geral, o envelhecimento produz diversas mudanças nas habilidades físicas, incluindo aumento da gordura corporal e perdas de força muscular, capacidade aeróbia, flexibilidade e agilidade (1). Via de regra, a perda de força é maior nos membros superiores. A perda média de força em idosos é de aproximadamente 1 a 2% ao ano, taxa que tende a aumentar após os 75 anos na ausência de atividades físicas (1). A flexibilidade também diminui, embora menos para as mulheres do que para os homens (1).
Essas mudanças físicas contribuem para quedas, que são a causa mais comum de fraturas e se tornam cada vez mais frequentes com a idade (1). Dos 65 aos 74 anos, a taxa de fraturas é de cerca de 9 para cada 1.000 adultos. Com 85 anos ou mais, a taxa de fraturas atinge 51 para cada 1.000 adultos (1). No entanto, algumas mudanças físicas relacionadas à idade que contribuem para as quedas podem ser revertidas ou desaceleradas (1). O treinamento em adequação funcional refere-se a exercícios ou atividades que melhoram as atividades diárias (1). Observou-se que a diminuição da atividade física ao longo do tempo resulta em declínio na adequação funcional, o que, por sua vez, leva a reduções nas atividades físicas, pois os movimentos se tornam mais difíceis de executar (1). Pesquisas mostram que intervenções de treinamento de força podem auxiliar idosos ativos a melhorarem o equilíbrio e a mobilidade (1). Contudo, intervenções de adequação funcional que imitam especificamente as ações desejadas apresentam mais sucesso prático. Por exemplo, em vez de usar o leg press sentado, o idoso poderia ser instruído a realizar o exercício levantando e sentando-se de uma cadeira usando um colete com pesos (1).
Sono
Pessoas idosas tendem a dormir menos e sonhar menos (1). Suas horas de sono profundo são mais restritas, e elas podem acordar mais facilmente e mais cedo pela manhã (1). Em certa medida, essa mudança é motivada por alterações normativas nos ritmos circadianos (diários). No entanto, a suposição de que distúrbios do sono são normais em idosos é perigosa (1). Sono em excesso ou falta dele está associado a um maior risco de mortalidade (1).
O American College of Physicians (ACP) recomenda que a primeira linha de defesa contra a insônia e os distúrbios do sono seja o uso de terapia cognitivo-comportamental (1). Essa forma de terapia inclui instruções como ficar na cama somente quando estiver dormindo, levantar no mesmo horário todas as manhãs e aprender sobre falsas crenças em relação à necessidade de sono (1). Contudo, se isso não for eficaz, o ACP recomenda que o uso de medicamentos de curto prazo seja considerado (1).
Funções Sexuais
Ao contrário dos estereótipos, um número significativo de adultos permanece sexualmente ativo na velhice (1). Em uma pesquisa nacional, 38,9% dos homens norte-americanos de 75 a 85 anos e 16,8% das mulheres declararam ser sexualmente ativos (1). Os homens mantêm mais desejo sexual, mas tanto homens quanto mulheres relatam um declínio no desejo sexual com a idade (1). Coortes mais recentes demonstram uma atitude mais positiva em relação à sexualidade na velhice, maior satisfação com a vida sexual, menos disfunção sexual e maiores índices de atividade sexual do que as coortes anteriores (1).
Geralmente, os homens levam mais tempo para ter uma ereção e ejacular, podem precisar de estímulo manual, podem experienciar intervalos mais longos entre as ereções ou podem ter dificuldade para obter uma ereção (1). As mulheres relatam mais dificuldades para ficarem excitadas e atingir o orgasmo, intumescimento dos seios e outros sinais de excitação sexual menos intensos do que antes, e podem ter problemas com a lubrificação (1). Problemas de saúde costumam afetar mais a vida sexual das mulheres do que a dos homens, mas saúde mental precária e insatisfação com o relacionamento estão associadas à disfunção sexual em ambos os gêneros (1).
Familiares e cuidadores devem considerar as necessidades sexuais dos idosos (1). Os médicos devem evitar prescrever medicamentos que interfiram na função sexual se houver alternativas disponíveis e, quando o medicamento precisar ser ingerido, o paciente deve ser alertado sobre seus efeitos (1). É importante também conversar com idosos sexualmente ativos sobre saúde sexual e infecções sexualmente transmissíveis, visto que raramente utilizam preservativos (1).
Saúde Física e Mental
No envelhecimento, a saúde física e mental interagem de forma complexa, influenciada por fatores individuais e ambientais.
Referências Bibliográficas
- PAPALIA, D. E.; MARTORELL, G. Desenvolvimento Humano. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022. v. 1.