ZMA e a Modulação Hormonal: Uma Análise Clínica


ZMA e a Modulação Hormonal: Uma Análise Clínica


Introdução

A suplementação de zinco e magnésio, frequentemente combinada com vitamina B6 e comercializada como ZMA, tem sido proposta como um meio para otimizar a produção de testosterona e Fator de Crescimento Semelhante à Insulina 1 (IGF-1), porém não tem se mostrado eficaz na prática clinica.


Fisiologia Proposta

A premissa para a suplementação de ZMA baseia-se na ideia de que a deficiência de zinco e magnésio pode estar associada à redução na produção de testosterona e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1). Dessa forma, a suplementação com esses minerais seria uma estratégia para elevar seus níveis (1).


Achados da Suplementação

Embora a suplementação de zinco possa aumentar seus níveis séricos, estudos indicam que essa elevação não se traduz em alterações nos níveis de testosterona, não havendo diferenças significativas nos marcadores hormonais (1, 2, 3). É importante ressaltar que altas doses de zinco, embora aumentem a concentração sérica, também elevam sua excreção (3).

Para indivíduos com deficiência, as doses adequadas de suplementação de zinco geralmente variam entre 40 e 50 mg.


Indicações Clínicas

Atualmente, não há indicações clínicas estabelecidas para o uso de ZMA com o objetivo de aumentar a produção de testosterona ou IGF-1 em indivíduos saudáveis e sem deficiências comprovadas desses minerais.


Referências Bibliográficas

  1. KERKSICK, C. M. et al. ISSN exercise & sports nutrition review update: Research & recommendat. J Int Soc Sports Nutr., v. 15, n. 1, p. 1–57, 2018.
  2. WILBORN, C. D. et al. Effects of Zinc Magnesium Aspartate (ZMA) Supplementation on Training Adaptations and Markers of Anabolism and Catabolism. J Int Soc Sports Nutr., v. 1, n. 2, p. 12–20, 2004.
  3. KOEHLER, K. et al. Serum testosterone and urinary excretion of steroid hormone metabolites after administration of a high-dose zinc supplement. Eur J Clin Nutr., v. 63, n. 1, p. 65–70, 2009.
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